São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994 |
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A dança em nova gestação
CRISTIANE PERINI LUCCHESI Ele estudou geologia na USP e trabalhou no Instituto de Pesquisas Tecnológicas da universidade. Mas largou dois mestrados para se dedicar a uma paixão: a dança.Hoje, depois de se alimentar por 14 anos de visões e técnicas diversas, o mineiro Zé Maria Carvalho, 37, investiga o inconsciente para achar sua linguagem. Na coreografia "Urobó, do Túmulo do Útero ao Útero do Túmulo", que ele ainda prepara, constrói imagens universais, mitológicas e arquetípicas. Com a participação do músico e bailarino Marco Antônio Chavier, Zé Maria desenha símbolos com seu não-movimento, influenciado pela dança-teatro expressionista do japonês Kazuo Ohno. Mas incorpora outras influências. O mestre e principal amigo, Klaus Vianna, ensinou a ele técnicas de autoconhecimento e consciência corporal. Para viver de dança, o que poucos conseguem no Brasil, Zé Maria criou, em 1985, o "Espaço Viver Dança e Cia", onde ensina até hoje. O coreógrafo e dançarino Denilto Gomes também deu aula no espaço. Com ele, Zé Maria fez "Safara-Ciranda para uma Lua e Meia", seu último espetáculo e marco do encontro dança-teatro. Outros trabalhos no currículo: "Valsa Para Vinte Veias", "Senhores das Sombras" e "Petrouska", com J.C. Violla e Naum Alves de Souza e "Pas-de-Deuses" e "Cavaleiro da Rosa", com Ivaldo Bertazzo. Além das aulas e pesquisas, Zé Maria ainda acha tempo para praticar artes marciais e natação e cuidar do seu filho, Tiago, de 5 anos. Texto Anterior: Barman dá alma ao capeta Próximo Texto: O bom da meia-idade Índice |
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