São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 1994
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Fleury critica Covas e o acusa de "incoerência"

ADELSON BARBOSA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB), chamou ontem, em João Pessoa (PB), seu sucessor, Mário Covas (PSDB), de incoerente.
Covas havia criticado Fleury pela venda de ações da Eletropaulo e pelo aumento salarial dado aos policiais civis e militares.
"Covas passou a campanha inteira dizendo que os policiais ganhavam mal. Acho que é um incoerência da parte dele", disse.
Sobre um possível desentendimento com o PSDB, afirmou: "Se não fosse o PMDB, Covas não seria governador. Ele teve o apoio do governador de São Paulo e isto foi importante para a vitória dele".
Fleury disse que amanhã a direção da Eletropaulo vai se manifestar sobre as acusações de que é alvo. Ele aponta precipitação na avaliação do caso. "Um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado pediu informações. Deixe ele receber as informações e o tribunal apreciar. Aí, eu me manifesto."
Fleury disse ainda que Covas "talvez esteja mal-assessorado". "Todos conhecem o governador Mário Covas. É um homem impulsivo. Às vezes, profere opinião sem ser bem-assessorado".
A Folha procurou ontem o governador eleito, Mário Covas, em vários endereços em São Paulo. A informação é a de que ele estaria em Curitiba, numa viagem pessoal. A reportagem ligou também para Fernando Pacheco Jordão, que não respondeu ao telefonema.

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