São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 1994 |
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Aldeia de Paiakan mantém extração irregular
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM A denúncia de prática de estupro contra Paulinho Paiakan não impediu que a sua aldeia Aukre (300 km de Redenção) continuasse a receber ajuda da empresa de comésticos Body Shop, da Inglaterra, e da entidade ecológica Conservation Internacional, dos EUA.Os chefes mais velhos da aldeia, como o pai de Paiakan, Tikiri, continuaram fechando contratos ilegais para a retirada de mogno. A retirada de madeira e ouro de reserva indígena foi considerada ilegal pela Justiça Federal. A Body Shop montou uma fábrica de extração de óleo de castanha na aldeia para a produção de cosméticos para cabelo. A empresa incentivou os índios a montarem a Aukre Trading Company para exportar o óleo e adornos feitos pelas índias com miçangas importadas. A Conservation Internacional emprega quatro índios no levantamento da fauna e flora de uma área de 5.000 hectares. "Queremos montar na reserva uma área para estudos científicos", afirma Barbara Zimmerman, doutora em Zoologia pela Universidade da Flórida. Ela é muito amiga de Irekran e Paiakan e quando viaja a trabalho fica hospedada na residência que o casal mantém na beira do rio Vermelho, dentro da reserva. Texto Anterior: Letícia diz ter sido vítima de mentiras Próximo Texto: Novo juiz apura chacina no Amapá Índice |
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