São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 1994 |
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Novo juiz apura chacina no Amapá
ABNOR GONDIM
Ela substitui o juiz José Hilmo Haas. A troca de juízes foi provocada por pressão de entidades de defesa dos direitos humanos. A ONU, a Comissão Teotônio Vilela, a CUT, a Pastoral da Terra, a OAB e a America's Watch acusam o juiz de beneficiar o fazendeiro Aderbal Távora, 68, apontado como mandante do crime. Távora responde processo em liberdade. O juiz e o fazendeiro negam as acusações. Um ofício da CUT afirma que o juiz mantinha encontros frequentes com o prefeito de Amapá, Américo Távora (PFL), sobrinho do fazendeiro. O juiz respondeu que se encontrava com o prefeito "por causa das funções que exercemos". O juiz também desagradou a família Magave por ter ido ao sítio onde houve a chacina para desarmar Raimundo Magave, 50, e sua mulher Felismina, 38, filho e nora de Nadir Magave, 92, morta na chacina. O casal reclamou que o juiz não tomou a mesma atitude com o filho do fazendeiro, Aderbal Távora Júnior, que andaria armado na cidade. Ele foi denunciado à Justiça porque teria perseguido e ameaçado Felismina de morte. Júnior nega a acusação. Texto Anterior: Aldeia de Paiakan mantém extração irregular Próximo Texto: Corpos foram esquartejados Índice |
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