São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 1994
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40 mil votos definem pleito uruguaio

SÔNIA MOSSRI
ENVIADA ESPECIAL A MONTEVIDÉU

Mais de 2 milhões de uruguaios votaram ontem para presidente. Numa disputa voto a voto entre os candidatos do Partido Blanco, Alberto Volonté, e do Partido Colorado, Julio María Sanguinetti, a Justiça Eleitoral estima que 40 mil eleitores podem definir a eleição.
Em Montevidéu, onde votam cerca de 1 milhão de eleitores, a boca de urna realizada pelo Canal 12 indicava que o candidato da Frente Ampla, Tabaré Vasquez, teria mais de 28% dos votos.
Além do presidente, os uruguaios votaram para 848 cargos: 30 senadores, 99 deputados federais, 19 prefeitos, 95 membros das Juntas Eleitorais nas Províncias e 594 deputados estaduais.
Imensas filas se formaram nos locais de votação na capital e nas principais cidades do país.
A legislação eleitoral permite que um partido tenha várias sublegendas, com diferentes candidatos do mesmo partido concorrendo ao mesmo cargo eletivo.
A Justiça Eleitoral registrou 1.759 modelos de cédulas com listas de candidatos dos partidos em todo o país. Para facilitar a votação, estimulou-se os eleitores a levar aos locais de votação modelo de cédulas de seus candidatos.
O presidente uruguaio, Alberto Lacalle, que concorre à reeleição em 1999, criticou a atual legislação eleitoral. Ele afirmou que cada partido deveria ter apenas um candidato a presidente, escolhido mediante a realização de convenção.
A votação começou às 7h30 (8h30 no Brasil) e o encerramento estava previsto para as 19h30.
Em alguns locais, a votação foi prorrogada por causa das filas.
Volonté, candidato oficial do governo, disse na manhã de ontem que está confiante na sua vitória.
Ele defende a manutenção das regras já acertadas no Mercosul (Mercado Comum do Sul) e um amplo programa de privatização.

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