São Paulo, terça-feira, 29 de novembro de 1994
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Borel fica sem policiamento

DO ENVIADO ESPECIAL E

Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) e do Batalhão de Policiamento de Choque suspenderam ontem, às 18h30, operação de vasculhamento no morro do Borel, na Tijuca (zona norte do Rio).
Cerca de 50 soldados da PM revistaram barracos e percorreram ruelas do Borel durante todo o dia. Segundo o comando da operação, não houve prisões, confronto com traficantes ou apreensão de armas e drogas.
Os PMs chegaram no início da manhã ao morro para substituir os militares, que o ocupavam desde a sexta-feira passada. Os últimos soldados do Exército deixaram a favela por volta das 7h. Meia hora depois, 30 homens da PM ocuparam o Ciep onde funcionava a base do Exército.
O Batalhão de Choque da PM substituiu os pára-quedistas do Exército no controle do morro durante a madrugada. A chegada da PM ao Borel deixou os moradores nervosos. Muitas pessoas vinham à janela para vê-los no pátio do Ciep. Perguntado sobre a troca do Exército pela polícia, um morador respondeu: "Péssimo, para os moradores é péssimo!".
Com a saída dos PMs e do Exército, o Borel voltou a ficar sem policiamento. Às 18h, os alto-falantes da associação de moradores anunciaram que as aulas no Ciep, suspensas desde sexta-feira, seriam normais hoje.
Funk
Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas anteontem à noite na saída de um baile funk do clube Pavunense, na zona norte do Rio. Ocupantes de uma Brasília bege atiraram contra jovens que se aglomeravam no terminal rodoviário para voltar para casa após o baile.
William Danaza de Souza foi baleado e morreu. Os policiais disseram que ele levou um tiro de AR-15 na nuca.

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