São Paulo, terça-feira, 29 de novembro de 1994
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Crédito pessoal triplica no real e cai após arrocho

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As vendas de carros escaparam quase ilesas do pacote anticonsumo editado em outubro pelo governo. Essa é a conclusão do Banco Central, baseada nas primeiras estatísticas sobre o volume de financiamentos bancários concedidos após o arrocho.
Embora tenha conseguido a queda nos empréstimos para pessoas físicas, os concedidos por bancos às revendedoras de automóveis não diminuíram.
Nas duas semanas anteriores ao pacote anticonsumo, a média diária desse tipo de financiamento era de R$ 21,2 milhões. Após a restrição, essa média caiu pouco, para R$ 20,2 milhões.
Segundo técnicos do BC, os financiamentos às revendedoras de carros continuam sustentados pelos bancos da Autolatina e da GM, porque o mercado de automóveis permanece aquecido.
Esses dados do BC se referem aos financiamentos para pessoas jurídicas.
A média diária de R$ 20,2 milhões –até os primeiros dez dias de novembro– é 68% superior à anterior ao lançamento do Plano Real, de R$ 12 milhões.
Os financiamentos para pessoas físicas tiveram grande queda após o arrocho. Antes dele, o maior volume de financiamento diário chegou a R$ 85 milhões. Depois, não passou de 32 milhões.
Nas operações de crédito pessoal –o banco empresta dinheiro à pessoa física independentemente da aquisição de um bem–, os recordes diários caíram de R$ 125 milhões para R$ 99 milhões.
O volume de crédito pessoal continua mais elevado do que o registrado antes do Plano Real. Em junho, por exemplo, as operações diárias não ultrapassaram R$ 44 milhões.

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