São Paulo, quarta-feira, 30 de novembro de 1994
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Barelli quer criar câmara setorial paulista

CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

As duas principais metas do economista Walter Barelli na Secretaria de Emprego e das Relações do Trabalho serão o fomento para a geração de empregos e o aperfeiçoamento das relações entre empresas e mão-de-obra através da criação da câmara setorial paulista.
O secretário indicado ontem diz que o novo governo pretende "tratar as questões de São Paulo numa grande parceria com a participação do capital e dos sindicatos".
Para isso, ele afirma pretender inaugurar uma câmara setorial para discutir as questões específicas da economia no Estado.
Para atender à política desejada pelo governador eleito, Barelli vai comandar uma revisão da antiga pasta (Secretaria das Relações do Trabalho). O economista diz que, para geração de empregos, várias propostas terão que ser analisadas. Segundo ele, "nem os grandes países souberam resolver o problema do desemprego".
Entre as propostas em avaliação estão a reserva de parte das concorrências públicas para a participação de pequenas e microempresas e o incentivo à irrigação de terras no interior do Estado.
Barelli, 55, professor do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), foi ministro do Trabalho no governo Itamar Franco.
Dirigiu o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) durante 21 anos. Deixou a entidade em março de 90, para dar aulas na Unicamp.
Durante a campanha presidencial de 89, foi assessor econômico de Luís Inácio Lula da Silva.
Em janeiro deste ano, filiou-se ao PSDB. No final de março, deixou o Ministério do Trabalho, pois pretendia ser o vice de Covas.
Barelli é paulista, casado e tem três filhos. Fez mestrado em Sociologia do Desenvolvimento e doutorado em Economia, ambos pela USP (Universidade de São Paulo). Também lecionou na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo e na FGV.
(CMDN)

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