São Paulo, quarta-feira, 30 de novembro de 1994
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DNC e tanqueiros reabrem as negociações sobre reajuste do frete

DA REPORTAGEM LOCAL

O DNC (Departamento Nacional de Combustíveis) e os tanqueiros reabriram ontem as negociações em torno do índice de reajuste do frete cobrado no transporte de combustíveis.
Isso afasta, por enquanto, a possibilidade de os tanqueiros (transportadores autônomos de combustíveis líquidos) entrarem em greve. A assembléia da categoria, que estava marcada para hoje pela manhã, foi adiada até que as partes voltem a conversar.
Segundo José da Fonseca Lopes, presidente do Sindtanque (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas Líquidas e Produtos Corrosivos do Estado de São Paulo), a negociação deve acontecer já na próxima semana.
Até lá não há greve, disse Fonseca. Ontem, em conversa com Paulo Toshio Motoki, diretor do DNC, ficou acertado que as partes farão levantamentos para ver a defasagem atual no custo do frete.
Depois de feitos os cálculos o Sindtanque e o DNC vão confrontar os dados. Fonseca diz que a partir de hoje estará reunido com os distribuidores (donos de postos) e transportadores para iniciar o levantamento de custos.
O levantamento deve incluir os 12,17% que deixaram de ser repassados aos fretes em agosto e setembro (da defasagem de 29% o DNC pagou apenas 15%) e a inflação após o plano.
Além disso, Fonseca recebeu ontem fax enviado por Motoki informando que o DNC vai propor à consultoria do Ministério das Minas e Energia a mudança na portaria 253/91 pedida pelo Sindtanque.
A mudança vai proibir o transporte de combustíveis em caminhões de donos de postos para terceiros. Com a mudança, a portaria permitirá o transporte em caminhão próprio apenas para o posto do dono do veículo.
O Sindtanque tem 10.500 transportadores no Estado de São Paulo. No país, são 22.600.

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