São Paulo, quarta-feira, 30 de novembro de 1994 |
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Corinthians tenta decidir jogo no início
MARCELO DAMATO
"Já defini o time, mas vou segurar. Não vou dar vantagem ao inimigo", disse. Apesar do mistério, o time deve ser o mesmo que participou do minicoletivo em dois toques, ontem de manhã no Parque São Jorge. O meia Souza, com o tornozelo esquerdo inchado, mal conseguia andar e não treinou. O meio-campo deve formar com Zé Elias, Luisinho e Boiadeiro. O zagueiro Célio Silva ainda não se recuperou da contusão da coxa. Pinga será seu substituto. O ataque volta a ter Marcelinho, Viola e Marques. A única dúvida de Pereira é quanto ao esquema tático. O mais provável é o 4-3-3, com Marques. A alternativa é o 4-4-2, com Tupãzinho no meio-campo. Ao saber que pode sair, Marques desabafou: "Ele (Pereira) tá de novo em dúvida?" Para Jair Pereira, um dos maiores problemas do time é a falta de entrosamento. "No segundo turno, fiquei sem vários jogadores, que estavam no departamento médico. É lógico que o time vai sentir a falta de jogos." O coletivo mostrou que a preocupação de Pereira se justifica. O time mostrou falhas na defesa e meio-campo. Os laterais Paulo Roberto (pela direita) e Branco (esquerda) demoraram para voltar para marcar. No lado esquerdo, o volante Zé Elias conseguiu cobrir os avanços de Branco. No lado direito, Luisinho não teve a mesma eficiência. Além disso, os zagueiros Pinga e Henrique mostraram-se lentos. Para não deixar a defesa mais exposta aos contra-ataques, os laterais apoiaram pouco o ataque. Paulo Roberto só avançou quando estava com a bola. Com isso, o time dividiu-se em dois. Na frente, ficam Marcelinho, Viola, Boiadeiro e Marques. Atrás ficaram os outros seis. Às vezes, havia uma faixa de 15 metros entre esse dois setores. "Estamos treinando para deixar o time mais compacto. Mas estamos bem", disse Luisinho, que disse esperar que os atacantes ajudem na marcação nesta noite. O buraco no meio-campo diminui a troca de passes. O Corinthians troca 340 passes por jogo, menos do que a média do Brasileiro, de 373. Os números são relativos aos 49 jogos acompanhados pelo Datafolha. Com essa deficiência do jogo coletivo, o Corinthians dependem de jogadas individuais de Marcelinho, Viola e Marques. As cobranças de falta, com Paulo Roberto, Branco e Marcelinho também ganham importância. Pereira voltou a defender que o Corinthians faça o segundo jogo no Pacaembu. "É um direito nosso e o Pacaembu é nossa casa." Disse que a tentativa de transferir a partida de domingo é armação do técnico do Bragantino, Cilinho. NA TV Gols nos telejornais noturnos Texto Anterior: Palmeiras tenta manobra jurídica para permitir atuação de Edmundo Próximo Texto: Usarei vantagem com inteligência Índice |
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