São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994
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Sai nova linha de crédito imobiliário

GUSTAVO PATÚ; VIVALDO DE SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo decidiu ontem permitir a criação de companhias hipotecárias –instituições financeiras destinadas a financiar imóveis comerciais e residenciais para a classe média alta.
Em reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), o governo também criou uma linha de empréstimos de socorro a bancos, com prazo de 90 dias e sem limite para o valor tomado. Ou seja, bancos de grande porte, como os estaduais, terão acesso à linha.
Segundo o diretor de Normas do Banco Central, Cláudio Mauch, o público a ser atendido pelas companhias hipotecárias arcará com prazos e juros livremente negociados.
Tais condições supõem a exigência de uma faixa de renda acima da dos mutuários do SFH. No SFH, os juros são limitados em 12% ao ano e as prestações são limitadas à renda do devedor.
Mauch disse, entretanto, que as companhias hipotecárias poderão captar dinheiro no exterior, onde os juros estão na casa de 5% ao ano, e viabilizar empréstimos mais baratos. "Isso dependerá da concorrência no mercado", disse.
As companhias hipotecárias poderão ser criadas por qualquer banco. Elas captarão dinheiro com a emissão de papéis (cédulas hipotecárias ou debêntures, por exemplo) e emprestarão nas condições que desejarem.
O CMN aprovou o novo critério para medir a emissão de reais, incluindo o valor dos títulos públicos de liquidez imediata. O novo critério se chama base monetária ampliada, e inclui os títulos públicos em poder do mercado.
O CMN fixou em 26,01% a primeira TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). A TJLP é anual mas vale por três meses e vai corrigir os financiamentos do BNDES para o setor produtivo.
O CMN aprovou regra especial que permite ao Banco do Brasil publicar seus balanços sem prejuízo.
LEIA MAIS
sobre a reunião do CMN na pág. 2-9

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