São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994
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Estudo mostra ganhos com privatização

DA SUCURSAL DO RIO

As demissões resultantes do processo de privatização do setor siderúrgico já foram revertidas em 60%, segundo informações de estudo realizado pela Gandara & Kaufman Consultores Associados, apresentada ontem no BNDES.
Caracterizado pelo presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, como o fim de festa da privatização na área siderúrgica o seminário promovido pelo BNDES para avaliar o trabalho mostrou um saldo positivo para o programa.
Segundo Maurício Kaufman, da Gandara & Kaufman, até o fim de 95 serão contratadas pelas privatizadas 5.000 pessoas enquanto, segundo disse, 8.000 foram demitidas desde o início do Programa Nacional de Desestatização.
Ele disse que, em dois anos de privatização, as siderúrgicas distribuíram US$ 150 milhões em dividendos, 30% do que foi distribuído em 40 anos de estatal.
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) deve investir US$ 287 milhões em 95, segundo o presidente Sylvio Coutinho. O ganho de produtividade, medido em toneladas/homem/ano, subiu de 8% (CSN) até 60% (Piratini).
A Piratini teve um ganho de produtividade de US$ 200 por tonelada, a Acesita teve de US$ 153 e a Cosipa, US$ 126. Na Usiminas, por exemplo, a produtividade antes da privatização era de 380 toneladas/hora/ano e hoje, 449.
A lucratividade também aumentou na maioria dos casos. A CSN lucrou US$ 33 milhões em 93 e em 94 tem previsão de US$ 93 milhões. A Acesita pulou de US$ 31 milhões para US$ 80 milhões.
Exceções ficaram com: Açominas (de US$ 55 milhões para US$ 33 milhões) e Usiminas (de US$ 246 milhões para US$ 200 milhões). Antes da privatização, o estado tinha 71% do segmento, grupo Gerdau, 11%, empresas de médio porte, 13% e pequeno, 5%.
Acesita
A Acesita termina seu segundo ano de empresa privatizada com um lucro estimado em US$ 98 milhões, segundo informou o presidente da empresa, Wilson Brumer.
O faturamento do grupo deverá ficar em torno de US$ 1 bilhão. Somente na siderúrgica, deve ficar em US$ 600 milhões. Em 93, foi de US$ 489 milhões.
Seus dois principais objetivos, diz, são fortalecer a produção de aço inox e concentrar vendas no país, diminuindo as exportações. Para isso, serão investidos, até 96, US$ 215 milhões na modernização da linha de produção de inox.

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