São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994 |
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Use camisinha! Põe boné no joão-teimoso!
JOSÉ SIMÃO
E aí perguntaram a profissão. E o trafica: "Vendo maconha, brizola, essas coisas". "E você não tem medo do Exército?" "Eu não, meu irmão, sou do Comando Vermelho". Uuêi! É o que eu tenho dito: a intervenção é o maior Tom e Jerry. Enquanto um morro fica ocupado, o traficante do outro também fica ocupado. Só que vendendo! Rarará! É como ficar na frente do espelho espremendo espinha –espreme uma, aparece outra. Só que não é outra, é a mesma. Que fica passeando pela cara. Rarará! E eu vou comemorar o Dia Mundial da Luta contra a Aids contando duas piadas. Diz que um português era tão consciente, mas tão consciente, que só tirava a camisinha na hora de transar. E tem um outro que entrou na farmácia gritando: "Me dê uma camisinha que hoje vou dar aquela transada". E o farmacêutico, indignado com a presença de senhoras: "Cuidado com a língua!" "Então me dê duas, rarará", respondeu o português. Tá no ar mais uma calúnia do Macaco Simão! Use camisinha! Bota o boné no joão-teimoso! Curta todas, porém de touca! Qual o problema do pingolim ficar parecendo um astronauta?! E a única campanha do governo é tão sutil que ninguém entende: um jogo de pingue-pongue. Não entendi! Será que em vez da gente transar é pra ficar jogando pingue-pongue? E aí há dois anos fui convidado a participar duma campanha da revista Capricho e bolei um broche escrito: "Não broche!". Metalinguagem! Rarará! E lá no Ceará vi pichado num muro um anúncio: "Motel Tal não dá Aids". Aí picharam embaixo: só gonorréia, sífilis e sapinho. Rarará. Nóis sofre mas nóis goza! De camisinha, please. Deixa parecer um astronauta. Pelo menos vareia! Texto Anterior: 'Por Acaso' melhora com novo formato Próximo Texto: Para sexo e política, não precisa ser bom Índice |
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