São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994 |
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Empreiteiras pagam 72% de verba do PT-SP
CLÁUDIA TREVISAN
Proporcionalmente, Dirceu é o candidato que recebeu o maior volume de contribuições de construtoras. De R$ 1.125.824,45 arrecadados, pelo menos R$ 810 mil vieram dessas empresas. O campeão de doações para os petistas em São Paulo foi o grupo Odebrecht. A CBPO destinou R$ 309 mil para a campanha e aConstrutora Norberto Odebrecht R$ 169 mil. Em segundo lugar vem o grupo OAS. A maior doação foi feita através da subsidiária Ultratec Engenharia S/A: R$ 215 mil. A Ultratec foi a primeira pessoa jurídica a contribuir com a campanha de Dirceu, em 19 de julho. A Odebrecht e a OAS foram investigadas pela CPI do Orçamento, da qual Dirceu participou. Quando foi deputado estadual, o petista tinha como uma de suas principais atividades parlamentares a investigação de contratos superfaturados entre o governo de Orestes Quércia (PMDB), em São Paulo, e empreiteiras. A construtora Andrade Gutierrez doou R$ 90.500,00 para a campanha de Dirceu. A Cavo-Companhia Auxiliar de Viação e Obras, do grupo Camargo Corrêa, destinou R$ 20.000,00. Em números absolutos, Barros Munhoz (PMDB) foi quem recebeu a maior doação de empreiteiras: R$ 1,5 milhão. O valor representa mais de 42% dos R$ 3,7 milhões arrecadados por sua campanha. Mário Covas (PSDB) teve o menor percentual de participação dessas empresas, 10% (leia reportagem abaixo). Proporcionalmente, o pedetista Francisco Rossi está logo depois de Dirceu na preferência das empreiteiras. Elas doaram cerca de 65% dos R$ 1.274.930,00 arrecadados por Rossi. Além das construtoras, o petista recebeu contribuições da CPC-Companhia Petroquímica de Camaçari (R$ 20 mil) e da PPH-Companhia Industrial Prolipropileno (R$ 40.000,00). A empresa World Participação foi outra grande contribuinte da campanha petista, com R$ 92 mil. Texto Anterior: Estado nacional acabou, afirma tucano Próximo Texto: Doação de empreiteiras gera crise no partido; devolução é cogitada Índice |
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