São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994
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Patrulha será em 100 favelas

FERNANDO RODRIGUES
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O comando da Operação Rio pretende manter uma média de 50 favelas patrulhadas por quinzena este mês. Ao todo, cem morros devem receber patrulhamento ostensivo até o final do ano.
Em novembro, cerca de 50 favelas receberam patrulhamento militar, segundo o Comando Militar do Leste (CML). As ações começaram dia 18 do mês passado.
Quando terminar o convênio que criou a Operação Rio, no dia 30 deste mês, o Exército espera ter atuado diretamente em, pelo menos, 150 favelas.
Não serão cem ocupações este mês. A maioria dos morros receberá apenas patrulhamento ostensivo.
Os cercos, com invasão, ocupação e vasculhamento, serão mais esparsos. Até agora, só ocorreram em três favelas (Mangueira, Dendê e Borel). É improvável que, até o dia 30, mais de dez favelas recebam esse tratamento.
Ao todo, segundo informações do general Roberto Jugurtha Câmara Senna, são utilizados 2.000 homens nas operações.
As ações de ocupação e invasão exigem contingentes grandes, de aproximadamente 1.500 homens. Por isso, são realizadas em menor número do que os patrulhamentos.
O Rio tem pouco mais de 500 favelas. Segundo o CML, apenas 30 delas estão em situação crítica, sob o comando de quadrilhas de traficantes.

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