São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994
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Blitz fiscaliza se restaurante abre cozinha

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria Municipal de Abastecimento deverá realizar hoje uma blitz para verificar a colocação do cartaz "visite nossa cozinha" nos restaurantes e hotéis de São Paulo.
A colocação do cartaz foi determinada pela lei 11.617/94, em vigor desde 29 de setembro.
A secretaria deu um prazo até o último dia 25 para os restaurantes colocarem os cartazes. Na segunda-feira, 53 estabelecimentos foram multados por falta de cartaz.
Na terça-feira, a secretaria decidiu suspender as multas e dar um prazo de dois dias para o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo distribuir 10 mil cartazes a seus associados.
O valor da multa para quem não colocar o cartaz é de 10 UFM (R$ 302,70).
Os restaurantes The Place e Esplanada Grill, nos Jardins (zona oeste), colocaram o cartaz anteontem à noite.
Na segunda-feira, quando começaram as multas, de sete restaurantes visitados pela Folha, apenas dois –Sujinho e Bisteca D'Ouro (região central)– estavam sem o comunicado.
Os dois restaurantes também foram os que apresentaram problemas na cozinha. Havia lixo sem tampa, alimento sem proteção, saco de lixo dentro do refrigerador, ralos sem tampa e gordura acumulada no chão e azulejos.
O proprietário do Sujinho e do Bisteca D'Ouro, Afonso Rocha, disse que o cartaz foi retirado durante a limpeza e que já providenciou a recolocação.
No restaurante Fasano, nos Jardins (zona oeste), o convite para visitar a cozinha é colocado no cardápio.
No Chopp Escuro, em Santa Cecília (região central), está impresso na toalha de papel que acompanha os pratos.
O Gigeto (região central) e o Sushi Tao, em Santo Amaro (zona sul), tinham cartazes na porta da cozinha.
Esses estabelecimentos estavam dentro dos padrões de higiene e os proprietários aprovaram a visita do público à cozinha.
"Nunca proibi ninguém de entrar na cozinha para conhecer. Além disso, acho a cozinha do meu restaurante muito bonita", disse Cecília Correa, proprietária do Sushi Tao.
O proprietário do Fasano, Rogério Fasano, disse que já é costume de alguns clientes ir até a cozinha do restaurante cumprimentar seu chefe. "Não haverá diferença alguma", disse.

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