São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994 |
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Holding fatura US$ 8 bi em 94
ARTHUR PEREIRA FILHO
Na época da fusão, as duas empresas juntas faturavam US$ 4,5 bilhões e tinham cerca de 60 mil empregados. Segundo o presidente da Autolatina, Pierre-Alain de Smedt, a holding encerra 94 com faturamento de US$ 8 bilhões e 50 mil funcionários no Brasil e na Argentina. Os números, segundo Smedt, mostram que a Autolatina foi uma joint venture bem-sucedida, que atingiu os objetivos fixados. A Autolatina surgiu em um período em que as duas empresas acumulavam prejuízos no país e as matrizes não se mostravam dispostas a fazer novos investimentos no Brasil. A união de forças possibilitou o uso de plataformas comuns para a fabricação dos carros das duas marcas, o que tornou possível, entre outras vantagens, o intercâmbio de motores e componentes. Os carros da Ford puderam receber motores Volkswagen. E a Volks, por sua vez, conseguiu produzir carros médios com base na plataforma do modelo Escort. Mas a fusão não impediu que as montadoras perdessem participação de mercado. Em 87, Volkswagen e Ford eram responsáveis por 60% das vendas de veículos. Essa fatia é atualmente de menos de 50%. A nova estratégia de globalização da indústria automobilística –produção de carros mundiais– e a abertura do mercado brasileiro abriram o caminho para o fim da holding. O processo de separação foi desencadeado em 6 de julho deste ano, durante uma reunião do Conselho de Administração da holding, em Buenos Aires, depois que a Volkswagen negou à Ford a utilização da plataforma do Gol para a produção do novo carro "popular" da montadora. (APF) Texto Anterior: Ford e Volks anunciam fim da Autolatina;Nova direção Próximo Texto: Nahas diz que não tem recursos para aplicar Índice |
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