São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Verdy tenta o bi japonês hoje contra o Sanfrecce
VALMIR STORTI
O Sanfrecce assegurou sua vaga ao conquistar a primeira fase do campeonato (Série Suntory), enquanto o Verdy conquistou a segunda fase (Série Nicos). O Verdy tenta o bicampeonato da J-League. No campeonato passado, encerrado em janeiro deste ano, a equipe ganhou as finais contra o Kashima Antlers, dos brasileiros Zico e Alcindo, com uma vitória e um empate. O Verdy teve uma ajuda do seu rival para vencer a segunda fase. Com apenas uma vitória à frente do Bellmare, dos atacantes Mirandinha e Almir, na penúltima rodada o Kashima venceu o Bellmare por 3 a 1, enquanto o Verdy bateu o Urawa por 2 a 1. Na última rodada, o Bellmare venceu o Verdy no estádio Todoroki, batendo o adversário em sua própria casa por 2 a 1. O time do Verdy, treinado por Nélson Batista, ex-Corinthians, deve entrar em campo hoje com os brasileiros Capitão, Pereira e Bismarck, além de Ramos, naturalizado japonês. A equipe venceu a primeira partida, em Hiroshima, por 1 a 0. O primeiro jogo, apesar de muito disputado, teve poucas chances de gol. O único aconteceu aos 35min do primeiro tempo, com o meio-campo Kitazawa concluindo um passe de Ruy Ramos. O time titular do Sanfrecce não tem brasileiros. Os destaques são os tchecos Ivan Hasek e Pavel Cerny, além de Noh Jung Youn, da seleção sul-coreana. A J-League não aceita empates. Os jogos que não têm vencedores após a prorrogação de 30 minutos são decididos nos pênaltis. A J-League é um "supercampeonato" com um plano de marketing bem elaborado. Enquanto os campeonato europeus são disputados com 18 a 22 equipes no sistema de "todos contra todos", em turno e returno (e a equipe com mais pontos sendo a campeã), no Japão é mais complicado. Disputada este ano com 12 equipes (no próximo serão 14), a J-League tem praticamente dois campeonatos. Na primeira fase há um confronto de todos contra todos em turno e returno, que se repete na segunda fase, com os campeões se enfrentando na final. A falha no regulamento aparece aí. Mesmo se uma equipe vencer as duas fases, ela terá que disputar uma final contra o segundo colocado da segunda fase, o que é um absurdo semelhante aos encontrados nos regulamentos de campeonatos brasileiros. O marketing nunca é esquecido. Além dos mascotes oficiais dos times estarem presentes na mais variada gama de produtos, as datas também são bem programadas, a exemplo do que se viu neste ano. Normalmente, o jogo do Mundial Interclubes é disputado no final da primeira quinzena de dezembro, em um sábado. Curiosamente, a Toyota, patrocinadora do evento, antecipou o jogo para o início de dezembro e numa quinta-feira. A partida, disputada ontem, intercalou os dois jogos finais da J-League, com a final acontecendo um dia depois, quando a imprensa que foi acompanhar o Mundial ainda estaria no país. Sem dúvida, essa foi uma forma de chamar a atenção daqueles que ainda desconheciam o futebol japonês. Tudo para que se possa observar, em um jogo de ponta, o grau de evolução do futebol no país, que trabalha firme para sediar a Copa do Mundo de 2002. Texto Anterior: Pippen leva os Bulls à vitória sobre Phoenix Próximo Texto: Ex-seleção, Bismarck se prepara para sua 2ª final Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |