São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994 |
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Crianças Paulistas acompanham acontecimentos;
RONALDO SOARES
Crianças da escola Municipal Luiz David Sobrinho, na favela Xurupita (zona norte de São Paulo) e do Colégio Nuno de Andrade (zona oeste) estão acompanhando as notícias sobre o trabalho do Exército no Rio. "Uma hora, os vendedores de drogas e o chefe do contrabando vão se entregar", diz Felipe de Paula Bueno, 10, da 3ª série do Nuno de Andrade. "Eu deixaria o Exército olhar minhas coisas e abriria a porta para eles vistoriarem minha casa", fala Maria Cícera Santos Lima, 14, da 3ª série da escola Luiz David Sobrinho. "O Exército precisa ter um pouco de dó das crianças, porque eles revistam as crianças e fazem perguntas e elas não estão entendendo nada do que está acontecendo e podem ficar traumatizadas", é a opinião de Ricarda Bollini, 10, da 3ª série do Nuno de Andrade. OPINIÕES "Se eu fosse vistoriado, eu ia ficar com medo e falar que eu não tinha nada, mas deixava me revistarem." Isaac Amorim, 10, 3ª série, Nuno de Andrade" "O Exército pode revistar as crianças, mas com calma." Guilherme Rodrigues, 9, 3ª série, Nuno de Andrade "Não acho justo que o Exército faça vistoria em umas pessoas e não faça em outras, porque todos são seres humanos. Existem crianças que usam drogas, tem que vistoriar todos." Fabiana Siqueira, 12, 5ª série, da Luiz David Sobrinho "O Exército não vai acabar com todos os traficantes porque uma parte foge das casas e quando os soldados forem embora, eles vão voltar." Jussara Machado, 14, 4ª série, da Luiz David Sobrinho Texto Anterior: Soldados acabam com a brincadeira Próximo Texto: Crianças pobres vivem situação parecida com a guerra Índice |
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