São Paulo, sábado, 3 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Novelas

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE

E agora só faltam os capítulos finais de "O destino de Christian" para o leitor ficar sabendo quais serão as chances do Brasil na F-1 em 1995.
Rubens Barrichello fechou finalmente com a Jordan. Como toda novela, já estava repetitiva. Ligar para seu empresário Geraldo Rodrigues era como ligar a TV. Passavam-se as semanas e a história estava no mesmo pé.
Fica a pergunta. A temporada promete? Não dá para saber ainda. Como Barrichello mesmo lembrou, ninguém sabe como ficarão os novos motores de três litros e também o próprio regulamento.
A Ferrari já apostou que parte da difamada eletrônica pode voltar e muita gente está criticando a prancha de madeira no fundo chato dos carros.
A FIA pode esclarecer a estas e outras dúvidas na próxima sexta-feira, quando celebra sua festa anual e, pouco antes, divulga as decisões de mais uma reunião do Conselho Mundial.
Na mesma ocasião, devem ser discutidos os circuitos pendentes do calendário. O Brasil deve ser confirmado em Interlagos, uma formalidade, na verdade.
Resta saber se os argentinos vencerão o braço-de-ferro com a FIA e se o campeonato começa mesmo dia 12 de março em Buenos Aires.

E como circuitos são o assunto, essa história de Indy no Brasil está começando a irritar. É louvável que várias pessoas se interessem em incluir o país no calendário da categoria norte-americana.
Mas é preciso discernir realidade de especulação, o fato jornalístico da pura promoção.
Os interessados fazem seu papel de promotores ao afirmar que Andrew Craig, presidente da Cart, foi mal interpretado quando disse que a Indy não viria para o Brasil em 95.
Mas isso não é verdade. Craig disse a este repórter que o calendário 95 da Indy estava fechado e que o de 96, praticamente definido.
Completou que os interessados deveriam se candidatar a partir de 97 e, ainda, teriam que garantir lucros para a entidade.
Craig, aliás, protagonizou uma "saia justa" no final da entrevista. Com um largo sorriso, disse estar animado com os fantásticos índices de audiência que o automobilismo tem no Brasil.
Ficou verde, no entanto, quando soube que a contribuição da Indy era mínima em tais números.
Resumindo tudo, outra novela.

Texto Anterior: Amoroso no Brinco de Ouro da Princesa
Próximo Texto: Silva escala três atacantes para conseguir classificação
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.