São Paulo, sábado, 3 de dezembro de 1994 |
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Programação da emissora é acusada de elitismo
ESTHER HAMBURGER
Inicia as transmissões às 17hs, simultaneamente em francês e alemão. Arte desafia os cânones da televisão contemporânea apostando em programações longas e pesadas. Sua marca são as sessões temáticas, que tratam do mesmo assunto durante períodos de quatro a cinco horas consecutivas. Sua produção é desigual. Há muito do tradicional documentário linear, narrado por uma voz em off, à la BBC. Mas Arte participa também de boas co-produções cinematográficas que, saídas da televisão, acabam por ganhar os cinemas. Os documentários ocupam lugar de destaque na programação, que com frequência exibe produções de diretores brasileiros. Em novembro último, por exemplo, exibiu "Padre Cícero, um Visionário Brasileiro", de Eduardo Coutinho, e um programa sobre Tom Jobim de Walter Salles Jr. Optando por uma linha editorial clara que privilegia "qualidade" em detrimento de audiência, a emissora causa polêmica na Europa, onde muitas vezes é acusada de elitismo. Arte se defende argumentando que seu objetivo é atender a todos, o que não quer dizer que pretenda corresponder ao gosto da média dos telespectadores. Eisenhauer veio ao Brasil divulgar a Arte e discutir possíveis projetos de co-produção com a TV Cultura. Texto Anterior: Rede franco-alemã aposta em TV sofisticada Próximo Texto: 'A Voz Humana' volta no Crowne Plaza Índice |
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