São Paulo, segunda-feira, 5 de dezembro de 1994
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Praia de nudistas só atrai 50 domingo

Famílias inteiras 'inauguram' local

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Cerca de 50 pessoas foram ontem à praia de Abricó, na zona oeste, a primeira praia de nudismo do Rio, sob um sol de 40 graus e olhares de reprovação dos outros banhistas.
Foi o primeiro domingo liberado para os nudistas desde que a praia foi cedida pela Prefeitura do Rio para o naturismo.
"A gente fica nu porque dá um estado mental que é incomum. É um contato profundo com a natureza, você se sente descontraído e mais livre", diz o advogado Renato Mota, 51.
O número de mulheres nuas era muito inferior ao de homens. A digitadora Eliana Ignácio, 22, explicou que isso é comum, porque "as mulheres são muito mais bloqueadas".
Havia muitas famílias de naturistas, mas na maioria dos casos apenas os homens estavam inteiramente nus. As mulheres preferiam ficar de top-less, com os seios nus, mas usando a calcinha do biquíni.
Na entrada da praia, um cartaz avisava aos banhistas que eles poderiam encontrar pessoas nuas naquela área.
Outro cartaz lembrava o código de ética do naturismo: não fotografar sem autorização e não ter modos obscenos.
Muitos banhistas procuraram a praia apara espiar os nudistas.
Alguns demonstravam reprovação, como o comerciante Rogério Vargas: "Tenho uma filha de 10 anos. Não vou sair agora, mas não aguento essa falta de vergonha".

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