São Paulo, segunda-feira, 5 de dezembro de 1994 |
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Ação vai até março, diz ministro
WILLIAM FRANÇA
Segundo Dupeyrat, nessa nova fase caberão às forças policiais federais –no caso a Polícia Federal e as Forças Armadas– apenas os serviços de inteligência e informação. "Polícia nas ruas quem deve manter é o governo do Rio." O ministro da Justiça lembrou que não se pode deixar um vácuo nessa ação policial. "O Exército não pode sair e ninguém assumir, senão o território volta a ser ocupado pelo crime", afirmou. Dupeyrat disse que é imprescindível que a polícia tenha comando único, para evitar que cada um haja como quiser, em ações distintas. Esta semana, o ministro da Justiça deve se encontrar com o general da reserva Euclimar da Silva, indicado para a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro. Na conversa, Dupeyrat repassará ao general detalhes da operação. O presidente Itamar Franco disse que está achando "positiva" a ação das Forças Armadas no Rio, que deixou na cidade "um ambiente mais tranquilo e saudável". Itamar ouviu do cardeal-arcebispo do Rio, dom Eugênio Salles, elogios às operações. "Recebi cumprimentos do cardeal pela fórmula democrática a que chegamos, sem que tenha sido preciso decretar estado de defesa ou fazer uma intervenção federal". Num discurso que fez no Hotel Glória, durante almoço ontem, Itamar disse que "não é possível admitir que marginais pretendam substituir o Estado nos subúrbios das grandes cidades". Para ele, o Estado "tem que garantir a incolumidade dos cidadãos e seus bens". Segundo Itamar, caso o governo do Rio deseje, o convênio com as Forças Armadas será renovado. "Se o governo quiser romper antes, estamos prontos para atendê-lo, mas acredito que não é o caso e que deva haver renovação". Texto Anterior: Operação apreende 80 carros em Acari Próximo Texto: Praia de nudistas só atrai 50 domingo Índice |
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