São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994 |
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Empresário goiano quer seleção natural no campo Clóvis Valadão critica paternalismo das cooperativas JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
"A tendência é cada vez mais as propriedades concentrarem-se nas mãos de poucos produtores, os mais eficientes", diz Valadão. Sobrinho do ex-governador de Goiás, Ary Valadão, mentor do Projeto Formoso, Clóvis tem 3.000 hectares distribuídos na Coperjava e Cooperformoso, em Formoso do Araguaia. A cidade é banhada pelo rio Formoso, afluente do rio Javaés, e próxima a Gurupi, um dos principais pólos pecuários do país. Segundo Clóvis, as cooperativas costumam praticar uma política paternalista, sustentando agricultores com baixa produtividade. "As cooperativas devem se restringir a cuidar do sistema de irrigação e drenagem e do serviço de aviação", diz. "Foi o que fizemos na Coopergran". Para Clóvis, as cooperativas não devem se preocupar com assistência técnica, financiamento e outros serviços comuns a essas entidades. Agricultores da região, que não quiseram se identificar, lembram que todos os cooperados do Projeto Formoso, inclusive Clóvis Valadão, tiveram seus projetos irrigados financiados a juros subsidiados em função de estarem ligados às cooperativas. Na última safra, Clóvis colheu 113 sacos de 60 kg por hectare, uma das maiores médias do Tocantins e que deve se repetir nesta temporada. Para melhorar o solo, Clóvis está semeando 700 ha com plantio direto sobre a palha da soja colhida na seca. A área de plantio direto de arroz na safra 94/95 é 59% maior que a da safra passada. Clóvis está construindo junto com a Campina Verde Agropecuária, empresa instalada na área da Coopergran, um armazém com capacidade para receber mais de 600 mil sacas. Texto Anterior: Terras baratas atraem gaúchos e goianos Próximo Texto: EUA colhem US$ 35 bi em milho e soja Índice |
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