São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994 |
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Juiz proíbe casamento de virgem
CAROLINA CHAGAS
"Não obstante o casal já estar namorando há muito tempo, quatro anos, esta promotoria de Justiça entende que Josimeire ainda não atingiu a maturidade suficiente para as núpcias, não conhecendo as particularidades da vida a dois, não estando preparada e orientada sexualmente para o casamento", afirma a sentença do juiz Vicente de Abreu Amadei, da 2º Vara da Família e Sucessão. Josimeire mora no Jardim Anchieta (zona sul de SP), estuda na 8ª série de um colégio estadual e cuida de crianças de um berçário. É virgem e pretende "conservar-se para o marido até a lua-de-mel". "Estou pronta e quero ter 11 filhos, como a minha avó", disse. No depoimento ao juiz, Josimeire disse ter aprendido com a mãe que "a primeira relação sexual pode doer e até sangrar". Afirmou também que já foi ao ginecologista, descobriu que não pode tomar pílula anticoncepcional, mas que "não sabe contar os dias para usar a tabelinha". Apesar dessas declarações, o juiz concluiu que "o namoro restringe-se ao convívio familiar, que pode trazer dificuldade de relacionamento até por ausência de contato mais profundo entre os noivos". Os pais de Josimeire deram autorização para o casamento, mas é necessária a permissão do juiz. Se a menina estivesse grávida, por lei, o casamento seria permitido (leia texto na pág. 2). Os noivos decidiram casar-se só no religioso. A cerimônia acontece no próximo dia 17, na catedral da Sé (centro). LEIA MAIS sobre o casamento proibido na pág. 2 Texto Anterior: Maluf dá desconto para IPTU no centro Próximo Texto: Namorado ajudava nas lições de casa Índice |
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