São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Nível de emprego industrial cresce 0,56% em novembro
ANTONIO CARLOS SEIDL
Com a abertura de 12.848 vagas, o nível de emprego na indústria paulista cresceu 0,56% em novembro, o melhor resultado desde julho de 1991. Horácio Lafer Piva, diretor titular do Departamento de Pesquisas da Fiesp, disse que o crescimento do nível de emprego industrial nos últimos três meses (0,36%, em setembro e 0,50%, em outubro) reflete o otimismo da indústria no Plano Real. "Está patente na evolução recente do nível de emprego e do nível de atividades o alto grau de aprovação dado pela indústria paulista ao Plano Real". Apesar do crescimento recente das contratações, o nível de emprego industrial encerrará o ano com um resultado negativo. O acumulado nos onze primeiros meses de 94 mostra uma redução de 1,15% no nível de emprego, significando menos 27.145 empregos na indústria de transformação paulista. Nos últimos doze meses, o nível de emprego recuou 1,67% com o fechamento de 39.356 postos de trabalho pela indústria do Estado de São Paulo. Para Piva, a recuperação dos empregos perdidos pela indústria paulista nos últimos dois depende de uma nova onda "muito grande" de investimentos em novas fábricas. A curto e médio prazos, disse, a expansão do nível de emprego se dará a uma taxa inferior ao crescimento da produção. Piva acha que o novo governo do presidente eleito Fernando Henrique Cardoso e o novo Congresso têm pela frente um grande desafio de fazer com sentido de urgência as reformas estruturais. "Às reformas são fundamentais para que os investidores estrangeiros transformem sua simpatia pelo Brasil em ações concretas de investimentos produtivos", afirmou. Piva disse que a escolha de Pedro Malan, atual presidente do Banco Central, para o cargo de ministro da Fazenda, é um grande passo para a atração de investimentos externos. A pesquisa de emprego da Fiesp, realizada junto a 46 sindicatos patronais da indústria, revela que, em novembro 25 setores tiveram desempenho positivo (contrataram mais do que demitiram). Em 11 setores o desempenho foi negativo, havendo estabilidade em dez setores industriais. Entre os setores que mais contrataram estão perfumarias e artigos de toucador (5,60%), bebidas em geral (2,76%) e artefatos de ferro, metais e ferramentas em geral (2,51%). Entre os setores que mais demitiram estão relojoaria (-3,83%), mármores e granitos (-2,45%) e condutores elétricos (-1,50%). Texto Anterior: Impasse na lei das licitações Próximo Texto: 77 mil se empregam em outubro Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |