São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994 |
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Expansão da Otan opõe Clinton e Ieltsin
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A entrada dos países do Leste Europeu na aliança militar ocidental provocou controvérsia entre os presidentes Boris Ieltsin (Rússia) e Bill Clinton (EUA).O americano foi o primeiro a discursar em Budapeste, Hungria, onde participou da nona reunião da CSCE (Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa). A cúpula termina hoje. Clinton defendeu "uma Otan forte" e capaz de se adaptar aos "novos desafios como o fundamento da segurança da Europa". Sobre a reivindicação de países do Leste Europeu de entrarem para a Otan, Clinton disse que a aliança "não excluirá automaticamente a nenhum país" e não permitirá a "nenhum Estado alheio" o veto à expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte. Na semana passada, a Otan fixou em até 12 meses os critérios para admissão de novos integrantes na aliança liderada pelos EUA. Em retaliação, o chanceler Andrei Kozirev recusou-se a assinar a adesão da Rússia à Parceria pela Paz, associação proposta pela Otan como primeiro passo para integração na organização. Depois de lembrar que 23 países já aderiram à Parceria pela Paz, Clinton deu por certa a ampliação da aliança para o leste ao afirmar que "conforme se expanda a Otan, aumentará a segurança para todos os Estados europeus, porque ela não é uma organização agressiva". Ieltsin disse ter ouvido que a "expansão da estabilidade" advogada por Clinton se justificaria pela "previsão de que ocorrerão na Rússia fatos não desejados". "Se essa é a razão dos que querem levar as fronteiras da Otan até a Rússia, eu lhes digo uma coisa: é muito cedo para enterrar a democracia na Rússia." Para o presidente russo, " os erros do passado não devem ser cometidos de novo. Nenhum país deveria viver isolado". Texto Anterior: China quer estimular revolucionários do PC Próximo Texto: Rússia quer CSCE mais forte Índice |
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