São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 1994
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Roberto Campos na Folha; Caso Lucena; O que querem eles e elas; Soluções possíveis; O lugar do Brasil; Direitos humanos para todos; Militante, o último a saber; O filho branco; Ágio no IPVA

Roberto Campos na Folha
"Parabéns à Folha por trazer aos leitores a coluna semanal do deputado Roberto Campos. Pois além do estilo elegante, da vasta cultura, é um dos poucos economistas que conseguem explicar a inflação de maneira simples e objetiva, sem recorrer a esotéricas e pedantes expressões. Enquanto o governo não descobrir o senso comum, nada há de mudar neste país..."
Henry Pierre Deberdt (São Paulo, SP)

Caso Lucena
"Onde estarão os organizadores das passeatas com os jovens 'carapintadas' para se manifestarem contra a falta de vergonha dos congressistas que querem anistiar o senador Lucena?"
Valdenir dos Santos Silva (Apucarana, PR)

"O Brasil sai na frente. Com o projeto de anistia para o senador Humberto Lucena e outros, os parlamentares brasileiros inovam mais uma vez. Fica instituída a auto-anistia."
Gilson de Paula Pacheco (Belo Horizonte, MG)

"Impressionante a agilidade com que os senadores se movimentaram para evitar a cassação do senador Lucena. Até mudança da Lei Magna com efeito retroativo estão tentando... Verdadeiro vale-tudo. Que tristeza!"
Gijo Kikuti (São Paulo, SP)

O que querem eles e elas
"O artigo de Otavio Frias Filho de 24/11 alerta com muita propriedade para a confusão das mulheres na defesa de ideais de liberdade com romantismo. Dessa liberdade faz parte uma igualdade social e profissional em relação aos homens. Apresentando-se como iguais, como almejar um tratamento diferenciado, ou melhor, privilegiado da parte dos homens? O tratamento romântico dispensado às mulheres é um privilégio a que os homens se davam devido exatamente a uma visão masculina da mulher: como objeto de prazer e como um ser frágil e um tanto débil. Liberdade precisa combinar com respeito e consideração, coisa que todos devemos a todos. Como mulheres, também deveríamos estar mais atentas para consequências de nossa participação no mundo masculino que nossa 'vitória' pela igualdade nos permitiu. O mundo masculino, até por razões da sobrevivência da espécie, é muito mais competitivo que o esperado de um mundo, digamos, feminino."
Lucia Vieira Rebouças (São Paulo, SP)

Soluções possíveis
"O deputado federal eleito André Franco Montoro (PSDB) mostra em seu artigo 'O deputado é quase um fantasma', em Tendências/Debates de 4/12, por que foi eleito com a quantidade expressiva de mais de 180 mil votos. Ele dá uma aula clara, lúcida e didática de política partidária, mostra os desgastes do nosso sistema eleitoral e apresenta soluções possíveis para seu aprimoramento."
Marcos Antonio dos Santos (Jacareí, SP)

O lugar do Brasil
"O lúcido artigo do professor José Augusto Guilhon Albuquerque, na edição de 30/11, sobre o lugar do Brasil no mundo merece os mais vivos aplausos por todos que acompanham nossa política externa que, como bem qualificou o articulista, constitui-se no instrumento fundamental à consolidação da estabilidade econômica, à retomada do desenvolvimento e à nossa inserção na comunidade mundial."
Edmundo Radwanski (Rio de Janeiro, RJ)

Direitos humanos para todos
"A Anistia Internacional remeteu uma carta ao presidente Itamar 'recomendando' que todo tipo de operação das Forças Armadas no combate ao crime seja feita com acompanhamento de entidades de direitos humanos. Gostaria de ver a Anistia ter o mesmo zelo com relação às famílias dos sequestrados e mortos pela bandidagem que se apossou do Rio de Janeiro."
Carlos Ilich Santos Azambuja (Rio de Janeiro, RJ)

"O arcebispo do Rio diz que prefere acreditar na versão dos militares do que na denúncia de padres de sua diocese sobre os excessos da operação de combate à violência naquela cidade. Reciprocamente, d. Eugênio Sales parece gozar de maior confiança entre os militares do que em amplos setores da Igreja Católica. Será que não é o caso de lhe arranjar uma transferência de posto entre as 'armas'?"
Bernardo Jefferson (Belo Horizonte, MG)

Militante, o último a saber
"Eu fazia campanha na rua acusando FHC de ser candidato das empreiteiras e dos banqueiros, dizia que o PT não fazia parte desse círculo vicioso da política brasileira. Quando questionado sobre a origem dos recursos petistas, eu respondia de peito aberto que o dinheiro vinha das contribuições dos filiados e da venda de brochinhos, camisetas e outras bugigangas. Com as recentes descobertas das doações de empreiteiras e banqueiros ao PT, me pergunto: o que eu vou dizer às pessoas? A militância está igual a marido traído. Somos os últimos a saber."
Renato Maurilio Lopes (Pirapozinho, SP)

"As empreiteiras não fazem doações a campanhas eleitorais por amor à democracia, mas para assegurar a boa vontade dos futuros governantes para a sua participação em obras públicas e financiamentos privilegiados para a realização de serviços no exterior."
Gilson Duarte Ferreira dos Santos (Belo Horizonte, MG)

O filho branco
"A reportagem da edição de 1/12 sobre casal negro que recorreu à inseminação artificial para gerar um filho é sensacionalista. Todos os envolvidos, dos médicos à sociedade, demonstram absurda falta de escrúpulos para com a criança que, indefesa e inconsciente dos fatos, é exposta ao ridículo. Será que esta criança (de cor branca), quando responsável por si mesma, vai recorrer à Justiça, como fazem seus pais agora, para se ressarcir do erro cometido no processo de seu nascimento, ou vai amar sua mãe, independente das cores ou tonalidades que agora perturbam um dos lados?"
Eneias Valderio da Silva (São Paulo, SP)

Ágio no IPVA
"Em julho deste ano, após vários dias de procura incessante, comprei um Gol 1.000 sem ágio, a exemplo do que veria recomendar mais tarde o ministro Ciro Gomes, segundo o qual 'quem cobra ágio é ladrão e quem paga é otário'. Na ocasião, paguei pelo carro a quantia de R$ 7.243,00. No entanto, fiquei indignado ao constatar que a tabela do IPVA para o ano de 1995 incorpora ágio ao valor do carro (R$ 8.350,00). Diante dessa situação, pergunto: é o governo ladrão? E eu, se pagar o mesmo, estarei sendo otário?"
Jan Carlos Sens (São Paulo, SP)

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