São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994
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STF começa a julgar destinos de Collor e PC

MÁRCIA MARQUES; FLÁVIA DE LEON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) começam a decidir hoje os destinos do ex-presidente Fernando Collor de Mello e de Paulo César Farias, o PC, seu ex-tesoureiro de campanha. Ambos são acusados de corrupção.
Hoje, os juízes do Supremo irão ouvir a leitura do relatório do ministro Ilmar Galvão, a acusação do Ministério Público e a sustentação oral dos advogados de defesa.
A previsão do presidente do tribunal, ministro Octávio Gallotti, é que esta primeira parte do julgamento poderá se estender até as 20h, no máximo.
"O Ministério Público terá uma hora para fazer a sustentação oral, prazo que poderá ser prorrogado", disse o ministro. Os advogados de defesa terão seis horas para apresentar seus argumentos.
O julgamento só prossegue na sexta. Amanhã é feriado na Justiça. Como não deve terminar na sexta, o julgamento recomeça na próxima segunda. A previsão é que termine neste dia.
Na sexta, durante a segunda parte do julgamento, o tribunal vai decidir se o ex-presidente é culpado ou não de corrupção passiva.
Com o impedimento de dois ministros, Francisco Rezek e Marco Aurélio, e sem que Maurício Corrêa tenha tomado posse, oito juízes participam da sessão.
Rezek não participa do julgamento porque foi ministro das Relações Exteriores do governo Collor. Marco Aurélio é primo do ex-presidente.
Desde ontem à noite, a segurança do Supremo recebeu reforço da Polícia Militar. A assessoria do tribunal não informou o número de homens. Em uma reunião no STF, os seguranças foram orientados a apenas observar as pessoas que forem à sessão. Eles só estarão autorizados a agir se suspeitarem de ameaça ao julgamento.

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Sobre o julgamento nas págs. 1-7 a 1-9

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Além dos telejornais, as TVs Cultura, SBT e Bandeirantes vão transmitir flashes ao vivo durante a programação. Manchete e Globo não definiram a cobertura

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