São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994 |
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Weffort é cotado para Cultura DANIEL PIZA DANIEL PIZA ; ELVIS CESAR BONASSA
O cientista político Francisco Weffort, filiado ao PT, está cotado para assumir o Ministério da Cultura do governo Fernando Henrique Cardoso. A negociação de Weffort com FHC está na dependência de contornar as resistências do PT em participar do novo governo. Weffort é amigo pessoal de Fernando Henrique Cardoso e pertence à ala mais moderada do PT. Sua indicação contrabalançaria o peso do PFL na imagem pública do novo governo. A opção por Roberto Muylaert, presidente da Fundação Padre Anchieta, continua em pé caso a negociação com Weffort não tenha bom resultado. Weffort esteve presente ontem e anteontem no seminário "Cultura e Desenvolvimento" organizado pela atriz Ruth Escobar no teatro que leva seu nome, em São Paulo. Ele assistiu ao discurso de abertura do seminário feito por FHC e foi um dos convidados do jantar realizado na casa da atriz depois da inauguração do evento, na noite de anteontem. Ontem pela manhã Weffort foi um dos expositores no debate "Cultura e Educação", dentro da programação do seminário. Não houve muito consenso no debate, mas um diagnóstico foi comum: há um descompasso entre a cultura contemporânea e o sistema educacional brasileiro. Além de Weffort, estavam na mesa Muylaert, o mediador José Arthur Giannotti, professor de filosofia da USP, o editor da Edusp, Sérgio Miceli, e Eunice Durham, professor de antropologia da USP. Weffort lançou no debate a idéia de uma fundação de incentivo às artes, que seria gerida por representantes da comunidade para cuidar da distribuição dos recursos públicos ao setor. Houve três intervenções de Ruth Escobar para defender que o ministro da Cultura "seja politicamente forte". Não se sabe se ela fazia um ataque contra a eventual escolha de Muylaert, que não teria trânsito político. Texto Anterior: Empresários querem Serra Próximo Texto: STF começa a julgar destinos de Collor e PC Índice |
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