São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994
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Hubble fotografa galáxia mais longínqua

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Imagens feitas pelo telescópio orbital Hubble mostram as galáxias mais longínquas e antigas já observadas no Universo, informou a Nasa (a agência espacial os Estados Unidos).
A luz da galáxia mais distante levou cerca de 12 bilhões de anos para viajar até os aparelhos do Hubble, segundo os cientistas.
As fotos liberadas pela Nasa mostram as galáxias antigas como luzes distantes sobre um fundo escuro (foto).
Outras imagens mostram galáxias cuja luz levou 5 bilhões e 9 bilhões de anos para chegar ao Hubble. O objetivo das imagens é mostrar uma história da evolução do Universo.
"Temos pela primeira vez a possibilidade de estudar em detalhes as propriedades de galáxias recém-formadas e de compreender os mecanismos de sua formação", disse Mauro Giavalisco, do Instituto de Ciência e Telescópio Espacial (EUA).
Foi esse instituto que relatou a detecção da galáxia de 12 bilhões de anos nas imagens do Hubble. Ela pertence a um grupo de galáxias de forma oval conhecidas como elípticas.
A observação sugere que essas galáxias tenham começado a se formar apenas 1 bilhão de anos após a grande explosão que teria originado o Universo, o "big bang". Esse tempo é relativamente curto em termos astronômicos.
Segundo os astrônomos, as imagens também podem ajudar a decidir qual das teorias para a evolução do Universo está mais próxima da realidade.
Uma das hipóteses é que galáxias elípticas tenham tido evolução mais veloz que galáxias espirais, como a Via Láctea (a galáxia em que está a Terra).
Essa teoria parece ser confirmada pela detecção de maior quantidade de galáxias espirais em grupos de galáxias mais jovens.
Em outubro, imagens do Hubble sugeriram que o "big bang" pode ter ocorrido há 9 bilhões de anos. Acreditava-se que o Universo tinha até 20 bilhões de anos.

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