São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994
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Juiz decreta prisão de mulher de empresário

DA FOLHA ABCD

Matilde Borges, 39, foi presa anteontem à noite sob a acusação de participar na morte de seu marido, o empresário Agenor da Silva Borges, 45, assassinado na terça-feira em Mauá com seis tiros.
K.B., 17, filha do casal e suspeita da morte de seu pai, foi encaminhada a uma casa de custódia para menores localizada no bairro de Baeta Neves, em São Bernardo.
Matilde e K.B. foram acusadas por Alexandro da Silva, 20, o Café, autor dos disparos que mataram o empresário, de serem as mandantes do crime. Café é amigo de K.B. e foi preso anteontem com outras seis pessoas acusadas de participação no crime.
A prisão provisória decretada pelo juiz Roberto Solimene tem validade de 30 dias. O promotor Pedro Wilson Bugarib, que pediu a prisão, afirma que Matilde poderia fugir se ficasse em liberdade.
O advogado de Matilde, Paulo Luiz de Souza, havia dito anteontem que pediria um habeas corpus para sua cliente. Ontem, ele não foi encontrado em seu escritório.
Ontem à tarde, em entrevista à imprensa, Café disse que não tinha intenção de matar o empresário quando planejou o crime. "No meio do assalto, ele disse que me conhecia e que eu já tinha ido à casa dele com um Fusca branco."
Café disse que o objetivo do crime era assaltar o empresário. "Sua filha tinha falado que seu pai carregava uma maleta com dinheiro."
Quando foram presos, os acusados carregavam um talão de cheques assinados em branco. Segundo Café, Borges assinou os cheques na sua frente e forneceu a senha de seu cartão magnético.
Dentro da maleta, abandonada pelos assaltantes ao lado do corpo, a polícia encontrou ainda dois cheques assinados e preenchidos no valor de R$ 8.000. Um dos cheques era nominal. Café disse que ele e seus companheiros não haviam visto os cheques.

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