São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994
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Prefeitura e Estado trocam acusações

DA REPORTAGEM LOCAL

Prefeitura e Eletropaulo trocam acusações
Maluf diz que Eletropaulo demorou para iniciar bombeamento de água do Pinheiros; para estatal, operação foi normal
O prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPR), disse que a responsabilidade pelos alagamentos na região da marginal Tietê é da Eletropaulo.
Segundo Maluf, a estatal foi lenta para iniciar o bombeamento das águas do rio Pinheiros para a represa Billings.
O bombeamento das águas do rio Pinheiros para a represa Billings faz com que diminua a vazão do leito do rio.
Esse procedimento impede que as águas do Pinheiros e do Tietê transbordem pelas margens, evitando as enchentes.
Cabe à Eletropaulo operacionalizar o bombeamento a partir de autorização de duas secretarias estaduais, do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.
O prefeito afirmou ainda que só depois de entrar em contato com a Eletropaulo é que a estatal tomou providências.
"O rio Tietê não é responsabilidade da cidade de São Paulo. Estava dando enchente e as bombas estavam paradas", afirmou Maluf.
Sidney Simonaggio, superintendente de operação da Eletropaulo, e Antonio Félix Domingues, secretário estadual de Recursos Hídricos, negam a lentidão e dizem que sequer houve contato da estatal com o prefeito.
"Houve inundação porque choveu bastante. Sem o bombeamento, teria sido uma catástrofe", afirmou Domingues.
Segundo o secretário, o bombeamento foi autorizado pelo secretário Édis Milaré, do Meio Ambiente, às 21h.
"Os nossos computadores só indicaram que a vazão chegaria no limite por volta das 24h. Meia hora antes, começamos a bombear. Foi uma operação normal. Transbordou porque transborda o ano todo", afirmou.

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