São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994
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Encanador é salvo por bote

DA REPORTAGEM LOCAL

O encanador Édson Lauria, 39, ficou cerca de meia hora agarrado a um muro na madrugada de ontem, esperando o socorro dos bombeiros, que chegaram de bote.
Como outros moradores da primeira quadrada rua Adelino de Almeida Castilho, no Tatuapé (zona leste de SP), Lauria teve a casa cheia de água do Tietê até o teto.
A maioria das pessoas correu para o segundo andar dos sobrados. Lauria levou duas netas, de 3 e 5 meses, para a casa do vizinho, mas ficou no meio da enchente.
"A correnteza era muito forte. Achei que não ia aguentar", disse. Os bombeiros chegaram graças ao assessor administrativo Eliseu Gabriel da Silva, 39.
Silva telefonou para o cunhado, que chamou o socorro. "Quando a gente se deu conta, já estava tudo inundado", afirmou.
Seus dois filhos, de 9 e 15 anos, foram retirados pelos bombeiros. Silva e a mulher, Elza, ficaram esperando a água baixar. "Faltaram três degraus para a parte de cima da casa ser inundada."
Dentro da casa de Silva não sobrou quase nada. Armários, sofás, aparelhos eletrônicos, roupa e comida ficaram destruídos. "Não tive tempo de salvar nada", disse.
A situação era a mesma nas outras casas. Os moradores colocaram a mobília destruída pela enchente no meio da rua, bloqueando a passagem, para protestar.

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