São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994 |
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Barão promete 45 minutos de pauleira
LUIZ ANTÔNIO RYFF
"Serão 45 minutos de pauleira e de 'groove' ", adianta Frejat. O Barão Vermelho abrirá, com Rita Lee e o Spin Doctors, as noites para os Rolling Stones. O Barão virá com reforço para o show. Além de Frejat, Guto Goffi (bateria), Fernando Magalhães (guitarra), Rodrigo Santos (baixo) e Peninha (percussão), haverá um trio de metais: Serginho Trombone (trombone), Zé Carlos (sax) e Bidinho (trumpete) –que costumam tocar na Midnight Blues Band (banda bissexta com integrantes do Barão). O grupo começa a ensaiar no começo de janeiro e o repertório ainda não foi fechado. Mas Frejat garante que será uma reunião dos maiores sucessos. O guitarrista diz que pode fazer uma surpresa e incluir "Quando", música de Roberto Carlos regravada pelo grupo. Ele promete um show sem efeitos especiais. "Não vamos explodir balões nem vou tirar a roupa no palco. Podem perder as esperanças", ironiza. Sobre as reclamações de grupos brasileiros sobre luz e som em festivais internacionais, Frejat é categórico. "O som é sempre o mesmo para todo mundo, inclusive para os Stones. No Hollywood Rock, se alguém reclamou é porque não soube usar", diz. Ele não acredita que o Spin Doctors seja favorecido. "O Barão, a Rita e o Spin Doctors terão as mesmas coisas", acredita. Mas com o palco é diferente. Os artistas de abertura usarão apenas um pedaço do palco dos Stones. "É por causa do desmonte da estrutura. Mas a gente gosta de tocar em palco pequeno", diz. Frejat está orgulhoso de abrir para os Stones, grupo que serviu de refêrencia inicial para o Barão. "Se tem uma banda que preserva esse tipo de sonoridade no rock brasileiro é a gente", diz. O Barão já gravou "Satisfaction", dos Stones, e costuma tocar músicas do grupo durante os ensaios. Frejat e Fernando Magalhães são os maiores fãs dos Rolling Stones dentro do Barão. Os dois têm a coleção completa e vários discos piratas do grupo. "Ninguém é fanático. Mas somos profundos conhecedores", diz, ansioso para o show. "Nunca vi os Stones ao vivo, mas, em vídeo, milhões de vezes", diz. "Se escutar no rádio uma música, a gente vai saber de que turnê é, de qual excursão. Mesmo sendo pirata. Pelo arranjo, pelo timbre, a gente é capaz de dizer até quem é o pianista que estava tocando", garante. Frejat aprova as companhias de festival. Ele gosta do grupo norte-americano Spin Doctors. "O cantor (Christopher Barron) me lembra muito o Steve Miller e eu gosto bastante do guitarrista (Eric Schenkman)." "E eu adoro a Rita Lee. Ela é uma pessoa que tem um deboche e uma ironia que combinam muito com as noites (do festival)", diz. Ele aproveita para avisar que não pretende aderir à moda do acústico. "Não reflete o momento da banda. Vai ser um show elétrico." Texto Anterior: Sábato Magaldi deve ser eleito novo imortal da ABL hoje Próximo Texto: "Louco por Cinema" vence em Brasília Índice |
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