São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994 |
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Advogados de PC e Collor apostam em 6 x 2
XICO SÁ
O prognóstico reservado, que os advogados cuidadosamente escondem, refere-se à acusação de corrupção passiva, único crime em que estão juntos Collor e PC. Enquanto Collor aparenta otimismo, PC anda mais cauteloso e diz que vai aguardar o "apito final do juiz", numa referência a um jogo de futebol. Segundo a Folha apurou, os advogados apostam em votos favoráveis dos seguintes ministros do STF(Supremo Tribunal Federal): Ilmar Galvão (relator do processo), Moreira Alves (revisor), Octávio Gallotti, Celso de Mello e Sepúlveda Pertence. Podem votar contra, de acordo com o prognóstico, os ministros Sydney Sanches e Néri da Silveira. A discussão maior entre os advogados se concentra no voto de Pertence, que acha possível apontar corrupção passiva sem necessariamente listar os corruptores. Essa é a tese em que se baseia o procurador-geral Aristides Junqueira para acusar PC e Collor, embora não revele nomes de quem teria se beneficiado com a corrupção. Mesmo assim, prevalece entre os advogados o argumento de que a posição de Pertence foi conhecida por ocasião da apresentação da denúncia do procurador-geral. Segundo eles, do período em que foi apresentada a denúncia, de um ano para cá, o ex-presidente e o seu tesoureiro de campanha conseguiram reunir provas que teriam feito o ministro mudar de opinião. Essas provas seriam a contabilidade que aponta as sobras de campanha (cerca de US$ 28 milhões) como fonte dos recursos fornecidos por PC a Collor e sua família. PC passou quase todo o dia de ontem reunido com os seus advogados –Nabor Bulhões e D'Allembert Jaccoud– e com o seu irmão Augusto Farias. (Xico Sá) Texto Anterior: Receita autua ex-presidente por sonegação fiscal Próximo Texto: PC é pedido em casamento Índice |
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