São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994 |
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Advogados de PC e Collor mapeiam votos
XICO SÁ
Os advogados de Collor e PC acreditam que podem vencer por até seis votos contra dois. O ex-presidente Fernando Collor aparenta otimismo, mas PC Farias, cauteloso, diz que vai aguardar o "apito final do juiz", numa referência a um jogo de futebol. Segundo a Folha apurou, os advogados apostam em votos favoráveis dos seguintes ministros: Ilmar Galvão (relator), Moreira Alves (revisor), Octávio Gallotti, Celso de Mello, Carlos Velloso e Sepúlveda Pertence. Podem votar contra, de acordo com o prognóstico, os ministros Sydney Sanches e Néri da Silveira. O prognóstico reservado, que os advogados cuidadosamente escondem, refere-se à acusação de corrupção passiva, único crime em que estão juntos Collor e PC. A discussão maior entre os advogados se concentra no voto de Pertence, que acha possível apontar corrupção passiva sem necessariamente listar os corruptores. Essa é a tese em que se baseia o procurador-geral Aristides Junqueira para acusar PC e Collor. Mesmo assim, prevalece entre os advogados o argumento de que a posição de Pertence foi conhecida por ocasião da apresentação da denúncia do procurador-geral. Segundo eles, do período em que foi apresentada a denúncia, de um ano para cá, o ex-presidente e o seu tesoureiro de campanha conseguiram reunir provas que teriam feito o ministro mudar de opinião. Essas provas seriam a contabilidade que aponta as sobras de campanha (cerca de US$ 28 milhões) como fonte dos recursos fornecidos por PC a Collor e sua família. PC passou quase todo o dia de ontem reunido com os seus advogados –Nabor Bulhões e D'Allembert Jaccoud– e com o seu irmão, Augusto Farias. (Xico Sá) Texto Anterior: Sábato Magaldi é eleito novo imortal da ABL Próximo Texto: Itamar submete nome de Arida ao Senado Índice |
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