São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994
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Bolsas de Valores registram alta

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores registraram alta nos índices de preços ontem. O índice Bovespa valorizou-se 3,7% e o indicador Senn (3,6%).
Henrique Molinari, diretor da corretora RMC, diz que no curto prazo o mercado está registrando expressivas variações de preços por causa da proximidade do vencimento do índice Bovespa futuro (dia 14). A tendência para as Bolsas a médio prazo é, porém, de alta, diz.
O Banco Central estabilizou ontem os juros ao sinalizar a taxa de 5,20% ao mês no over. Abramo Douek, diretor do BancoCidade, disse ontem que a expectativa do mercado é de que os juros diminuam, acompanhando a tendência inflacionária.
O Banco Central realizou ontem leilão informal de câmbio para regularizar o mercado. As cotações registraram ligeira alta. Emílio Garófalo Filho, da assessoria Líbero, diz que os exportadores consideram reduzida a taxa média de R$ 0,85, mas não se pode falar em defasagem cambial, pois as cotações afetam de forma diferenciada as empresas exportadoras, dependendo do setor em que atuam. Ele acredita que há espaço a ser recuperado de maneira gradual entre as cotações de R$ 0,85 e R$ 0,95. A cotação depende das contas externas do país, complementa. Ele diz que em junho o Banco Central comprava dólar a R$ 0,95, uma vez que demorava dois dias para pagar o vendedor e os juros na época eram da ordem de 2% ao dia.
Marco Antonio de Queiroz, do Banco Antonio de Queiroz, diz que a maior abrangência do compulsório deve acarretar elevação nas taxas de mercado dos cheques especiais de 14,5% para 16,5% ao mês. Para ele, os bancos estudam estratégias para tentar ganhar mercado e evitar redução nas operações, por causa da alta dos juros nos empréstimos provocada pelo compulsório. No caso de seu banco, houve a decisão de isentar de tarifa as operações de custódia de cheques.

Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,124% no dia 8. A taxa média do over foi de 5,20% ao mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 5,23% ao mês.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 3,7223%. CDBs prefixados negociados ontem: entre 28% e 49,5% ao ano para 32 dias. CDBs pós-fixados de 121 dias: 17,5% ao ano mais Taxa Referencial.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,20% ao mês. Para 32 dias (capital de giro): média de 52,49% ao ano.

No exterior
Prime rate: 8,50% ao ano. Libor: 6,81% ao ano.

Bolsas
São Paulo: alta de 3,70%, fechando com 47.686 pontos e volume financeiro de R$ 313,57 milhões. Rio: alta de 3,6% (I-Senn), fechando com 20.587 pontos e volume financeiro de R$ 21,96 milhões.
Bolsas no exterior
Londres: o índice Financial Times fechou a 2.323,40 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 19.180,04 pontos.

Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,847 (compra) e R$ 0,849 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,845 (compra) e R$ 0,847 (venda). "Black": R$ 0,845 (compra) e R$ 0,855 (venda). "Black" cabo: R$ 0,850 (compra) e R$ 0,855 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,830 (compra) e R$ 0,860 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,79%, fechando a R$ 10,26 o grama na BM&F.

No exterior
Segundo a UPI, em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,5635. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5783 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,17 ienes. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 376,60.

No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para dezembro ficou em 48.600 pontos e para fevereiro a 52.500 pontos.
No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para dezembro fechou a R$ 0,864 e para janeiro a R$ 0,889.
A expectativa de juros no mercado de DI era ontem de 3,75% para dezembro e de 4,91% para janeiro.

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