São Paulo, sexta-feira, 9 de dezembro de 1994 |
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'O Anjo da Guarda' naufraga em caricaturas
CELSO FIORAVANTE
Direção: Rob Reiner Elenco: Elijah Wood, Bruce Willis Onde: Olido 3, Paulista 2 "O Anjo da Guarda", de Rob Reiner, reproduz um fato ocorrido recentemente nos EUA. Não satisfeito com a vida que levava ao lado de seus pais, um garoto pede o "divórcio". E ganha. No filme, North (Elijah Wood) está cansado de ser menosprezado por seus próprios pais enquanto que todos os pais de seus amigos o consideram um exemplo a ser seguido por seus filhos. Decide então pedir o divórcio. Mas não sabe que terá um prazo para encontrar novos pais que se adequem às suas expectativas. North parte então em viagem ao redor do mundo atrás dos pais ideais. Em cada uma de suas paradas –do Alasca ao Havaí, da África à Ásia– vai descobrindo uma verdade universal: que os pais são sempre iguais, só mudam de endereço. Mas aí é tarde demais. Winchell, o diretor-mirim do jornal da escola de North, já armou, baseado na rebeldia de North, um plano maquiavélico para que as crianças do país dominem seus pais e para que ele, por sua vez, domine todos as crianças do país. Quem vai ajudar North a reverter esta situação é Bruce Willis, que aparecerá como um anjo da guarda durante todo o filme. Os problemas do filme começam com o ator principal. Elijah Wood surgiu como uma versão melhorada de Macaulay Culkin em "O Anjo Malvado", filme em que os dois contracenaram no ano passado. Essa primeira impressão já desapareceu. Além de seu personagem ser insuportável –um filho absolutamente sem defeitos– sua atuação é das mais caricatas, sem um traço da espontaneidade que o revelou. Bruce Willis também não se salva, já que, apesar das diferenças de situação, seus personagens agem previsivelmente. Salvam-se apenas as boas atuações dos amigos de Rob Reiner, que se dispuseram a entrar nesta barca furada com o diretor: Kathy Bates, como a mãe esquimó; Pat Morita, como o governador havaiano, a cantora country Reba McIntire, como a mãe texana; Dan Ayckroyd, como o pai texano, entre outros. (CF) Texto Anterior: Cinto desperta desejo de obedecer a lei Próximo Texto: Já tô beijando até patê de gorgonzola! Índice |
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