São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Higiênicos devem subir 15% em janeiro

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

O consumidor deve pagar, no mínimo, 15% mais na compra de papel higiênico, guardanapos, toalhas e lenços de papel em janeiro.
É que as indústrias já estão apresentando aos supermercados novas listas de preços com esse percentual de reajuste para encomendas feitas hoje e que vão estar nas prateleiras só no mês que vem.
A informação é da Apas (Associação Paulista de Supermercados). A entidade informa que está encaminhando as novas listas para José Milton Dallari, assessor especial de preços do Ministério da Fazenda.
A Melhoramentos, por exemplo, que detém cinco marcas de papel higiênico, além de guardanapos, lenços e toalhas, confirma a intenção de aumentar os preços.
"Ainda não apresentamos as novas listas. Mas a partir da segunda quinzena deste mês vamos reajustar a linha de higiênicos em até 12%, dependendo do produto", diz Cesar Penna, diretor de operações da empresa.
Vanderley Micheletto, diretor comercial da Mili, quinta no ranking dos fabricantes de papel higiênico popular, avisa que deve aumentar de 10% a 15% os preços de seu produto em janeiro.
Ontem, procuradas pela Folha, as diretorias da Fábrica de Papel Santa Terezinha e da Klabin (Divisão Copa), duas grandes fabricantes no segmento de higiênicos, não foram localizadas.
A Melhoramentos e a Mili atribuem os aumentos às pressões de custos. Segundo Penna, desde agosto sua empresa absorve alta de 7% no preço da celulose (matéria-prima básica). Hoje, a tonelada da celulose custa US$ 580 no mercado interno. E os fornecedores já avisaram que devem aumentar mais 12% em janeiro.
A Mili, que usa aparas para produzir o papel higiênico, diz que o preço dessa matéria-prima dobrou depois do real.
Descontos
Os descontos, que oscilavam entre 15% e 20% sobre os preços da tabela que a indústria estava dando desde a virada para o real, foram zerados em novembro.
O aumento de 15%, portanto, é sobre a lista de "preço cheio" (sem o desconto) de 30 de junho, quando as cotações foram convertidas da URV para o real, diz Omar Assaf, vice-presidente da Apas.
O consumo mensal de papel higiênico no país é de 205 milhões de rolos.(Márcia de Chiara)

Texto Anterior: Supermercado prevê vender mais 20%
Próximo Texto: Eletroeletrônicos batem recorde de vendas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.