São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 1994 |
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Eletroeletrônicos batem recorde de vendas
FÁTIMA FERNANDES
Os números são da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). Fabricantes de aparelhos de áudio e vídeo apresentaram maior crescimento: 36% no faturamento. Em seguida vêm a indústria de eletrodomésticos (35%), de componentes elétricos e eletrônicos (30%) e de equipamentos para automação industrial (23%). As exportações também deram um salto: de US$ 2,37 bilhões (em 1993) para US$ 2,68 bilhões. Nelson Peixoto Freire, presidente da Abinee, diz que as vendas para os mercados interno e externo poderiam ter crescido de 15% a 20% mais. Mas a carga tributária, que representa cerca de 30% dos custos, tira a competitividade, diz Freire. Para ele, preocupa o setor a alta de 40% nos preços de papel e celulose e de 40% no alumínio, além de dois acidentes internacionais com plantas petroquímicas. "Com isso, tivemos aumentos de custos de até 10%." As grandes indústrias, diz, têm poder de barganha para evitar os aumentos. As pequenas já estão com dificuldade para negociar. Hermann H. Wever, diretor-presidente da Siemens, diz que o desafio da empresa para 1995 será vencer as pressões de custos. "Estamos impossibilitados de repassar os aumentos de custos porque nos contratos de longo prazo com o governo os preços estão congelados até julho de 1995." Wever diz que o câmbio está desfavorável às exportações e há pressão de importações com custo baixo. A indústria eletroeletrônica voltou a contratar neste ano. Dados da Abinee mostram que o setor empregou 2.000 pessoas. Fecha 1994 com 176 mil funcionários. Em 1991 chegou a ter 224 mil. Ainda segundo a Abinee, o faturamento por empregado cresceu de US$ 106,9 mil (1993) para US$ 130,1 mil neste ano. (Fátima Fernandes) Texto Anterior: Higiênicos devem subir 15% em janeiro Próximo Texto: Engenheiros entregam prêmios em SP Índice |
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