São Paulo, domingo, 11 de dezembro de 1994
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Cardápio da madrugada

Certo dia, na campanha eleitoral de 92, Ulysses Guimarães foi a Presidente Prudente, no interior paulista, ajudar os candidatos do PMDB na região. Foi recepcionado pelo deputado estadual Mauro Bragatto e outras lideranças do partido.
Passaram o dia fazendo comícios e visitando eleitores, sob sol escaldante. Foram centenas de apertos de mão e tapinhas nas costas. No final da tarde, mesmo os mais jovens davam sinais de cansaço. Mas Ulysses seguia firme.
O grupo de peemedebistas retornou ao Hotel Aruá, em Presidente Prudente, já de madrugada.
Alguns foram até o restaurante. O garçom começou a anotar os pedidos. Bragatto disse que qeria apenas algo leve, uma canja. Outros concordaram e foram pedindo sopas e saladas. Até que chegou a vez de Ulysses.
– Pode ser uma canja, doutor Ulysses? –perguntou o garçom.
– Não. Vou de feijoada –respondeu o deputado, tranquilo.
Preocupado, o garçom foi à cozinha tentar arrumar naquela hora o prato inesperado. E ainda ouviu Ulysses:
– E manda um chope!

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