São Paulo, domingo, 11 de dezembro de 1994 |
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Absolvição pode causar crise
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA Caso se confirme a tendência de absolvição do ex-presidente Collor e de PC Farias, pode haver uma crise entre a Polícia Federal e o Ministério Público.O procurador-geral da República, Aristides Junqueira, responsável pela acusação no processo do Collorgate, produziu sua denúncia muito antes da conclusão do inquérito que deu origem à ação que está em julgamento no STF. Esse fato está sendo avaliado por delegados da PF como uma atitude apressada que teria comprometido a qualidade das acusações postas em julgamento. Aristides ofereceu a denúncia há dois anos, logo após o impeachment do ex-presidente. O inquérito da PF ainda está em andamento e já teria conseguido reunir, de acordo com os delegados, muito mais informações. Outra crítica a Aristides seria pelo fato de não ter conseguido acrescentar dados novos no período entre o oferecimento da denúncia e a entrega das alegações finais (texto conclusivo das acusações). As alegações foram remetidas para o STF no início deste ano. Na avaliação dos advogados envolvidos com o processo do Collorgate, o texto teria ficado mais frágil do que a denúncia. Os dois ministros do Supremo que votaram sexta-feira no julgamento chegaram a ironizar a fragilidade das provas da Procuradoria. Texto Anterior: 'Vou arranjar muitas provas' Próximo Texto: Secretária do caso PC Farias vira sindicalista Índice |
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