São Paulo, domingo, 11 de dezembro de 1994
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Chile recebe convite para fazer parte do Nafta

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DO ENVIADO ESPECIAL

O ministro da Fazenda do Chile, Eduardo Aninat, acha que em 1996 seu país estará integrado ao Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta).
O convite para o Chile aderir ao Nafta deve ser anunciado hoje pelos EUA, Canadá e México, seus fundadores e atuais integrantes, durante a Cúpula das Américas.
Segundo Laura Andrea Tyson, principal assessora econômica da Casa Branca, o convite será feito porque o Chile foi o país da América do Sul que avançou mais longe e mais rápido na implementação de reformas econômicas.
A Argentina pretendia ser o primeiro país do subcontinente a ser convidado a integrar o bloco.
Mas o presidente argentino, Carlos Menem, diz que a primazia dada ao Chile não prejudica sua perspectivas de se unir ao Nafta.
"Estamos prontos para aderir. Mas não estamos pedindo para ser convidados. Se isso não ocorrer, não vamos perecer", disse.
O presidente do Uruguai, Ernesto Lacalle, criticou o Chile de forma indireta ao condenar "a pressa em se integrar a pactos comerciais antes de se ponderar que objetivos se pretende atingir".
O Chile também negocia a sua entrada no Mercosul, bloco integrado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Para Menem, os pactos regionais não atrapalham, ao contrário ajudam, o projeto de se integrar o hemisfério numa zona comum de livre comércio cuja criação será anunciada hoje em Miami.
A nova entidade mudou de sigla anteontem. Em vez de Afta, que lembra Nafta e é homônima de desagradável enfermidade bucal, ela vai ser chamada de FTAA (Free Trade Area of the Americas).(CELS)

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