São Paulo, domingo, 11 de dezembro de 1994
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Encontro com o objeto de paixão adolescente

DALMO MAGNO DEFENSOR
ESPECIAL PARA O TV FOLHA

Em 1969, 12 anos nas costas, eu era fascinado por Renata, personagem da atriz Bete Mendes na novela "Beto Rockfeller", da TV Tupi. Tão bonita, tão doce, e com aquele tema musical açucarado do Adamo, "F...Comme Femme"... quem resistia?
Em meados dos anos 80, já engravatado, fui a Brasília a trabalho, e ao desembarcar do avião vi Bete Mendes caminhando poucos passos à minha frente. Criei coragem para falar com ela, mas disse apenas o trivial simples: que gostava muito de seu trabalho. Ela foi bastante simpática, agradeceu e comentou que era muito bom ter seu trabalho reconhecido.
Ainda hoje acho que não era mesmo o caso de contar, em plena pista do aeroporto, e a uma circunspecta deputada federal, que uma personagem sua havia sido, 16 anos antes, objeto do encanto platônico de um adolescente. Na verdade, eu havia omitido algo mais: durante uma incursão pela MPB, que felizmente sobreviveu à violência, eu havia escrito a letra de uma canção para Renata. Legalzinha, até.
Só fui rever Renata este ano, num daqueles flash-backs do "Vitrine", na TV Cultura. Tão bonita, tão doce, e continuava lá, branca-e-preta, sonsa, ainda ouvindo o Adamo e ignorando tudo que senti por ela. Ainda bem que nós fomos cuidar da vida: passei para a sexta série, Bete Mendes entrou para a política e o Beto Rockfeller foi morar no Rio. Renata ficou sozinha da silva.
Bem-feito, bocó.

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