São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Ônus reduz com reforma, diz Malan

DA REPORTAGEM LOCAL

A flexibilização dos compulsórios sobre todas as formas de captação e empréstimo dos bancos será ditado pelos resultados do combate à inflação nos próximos meses. Ou seja, ele ocorrerá a partir do momento e na proporção que a equipe econômica do governo de Fernando Henrique Cardoso estiver segura de que a expansão do crédito na economia não irá pressionar os preços.
Esse foi o recado dado pelo presidente do Banco Central e futuro ministro da Fazenda, Pedro Malan, ao encerrar a solenidade de posse do novo presidente da Febraban na última quinta-feira em São Paulo.
Nos últimos cinco meses e meio, desde a implantação do Plano Real, para evitar que o aumento do consumo através do crediário pressionasse a inflação, o governo adotou regras duras para os bancos através de diversas modalidades de recolhimento compulsório ao BC.
"É preciso dobrar a aposta para trazer a inflação a níveis civilizados", disse Malan, acrescentando que isso é essencial para se resistir às pressões pela reindexação e se avançar na desindexação da economia.
Malan lembrou que a taxa anualizada da inflação ainda está em torno de 30%, mesmo após o grande avanço obtido pelo Plano Real, que derrubou o custo de vida de 50% ao mês em junho último para o patamar de 2% a 2,5% que ele prevê para dezembro e janeiro.
O futuro ministro da Fazenda disse que "o maior ônus do combate à inflação recaiu sobre a política monetária e a cambial porque fomos incapazes de avançar nas reformas fiscal e administrativa do Estado. Quanto mais avançarmos nas reformas, menor será esse ônus".

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