São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 1994
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Hebe conta sua história em fotobiografia

DA REPORTAGEM LOCAL

A apresentadora de TV Hebe Camargo, 65 anos, lança amanhã, às 19h, no MIS a fotobiografia "Hebe - A Trajetória de uma Estrela".
O livro comemora os 50 anos de carreira artística de Hebe, desde os tempos em que a então cantora era a "Estrelinha do Samba" e "Estrelinha de São Paulo" até as entrevistas do programa que comanda toda a segunda-feira no SBT.
As fotos mais antigas e as reproduções de capas de jornal e de cartazes dos primeiros shows de Hebe são do arquivo pessoal da entrevistadora.
Elas foram, em grande parte, organizadas por uma fã, Leonor Teixeira, que até hoje monta álbuns com recortes de jornais e revistas e os enviava àquela que é o objeto de sua admiração.
Um texto, de Mário Tadeu Soares da Silva, resume a carreira de Hebe. Mas o objetivo do livro é contar a história através de imagens.
Soares da Silva, também redator do programa de Hebe, diz que a idéia era mostrar que a história recente do país passou por Hebe e seu programa.
No sofá de Hebe estiveram esportistas como Ayrton Senna, políticos como Mário Covas e Luiz Inacio Lula da Silva e artistas como Roberto Carlos, Dercy Gonçalves e Dorival Caymmi.
As fotografias mais recentes foram feitas pelo amazonense Petrônio Cinque, 53, que há 15 anos registra todos os programas de Hebe.
Segundo ele, a opção pela fotobiografia foi natural: "A Hebe sempre foi uma pessoa muito visual", explica.
Cinque conta que faz, a cada programa, 24 fotos. Ele calcula que tem um arquivo de aproximadamente 14 mil chapas.
"Sou fascinado pela gargalhada da Hebe", diz o fotógrafo, que não esconde sua admiração pela apresentadora. "Fotografá-la é o grande momento de minha vida."
Como documento histórico, o livro tem falhas. As legendas das fotos, na quase totalidade das vezes, não indicam ao menos o ano em que foram tiradas.
Algumas informações estão incorretas.
À página 49, por exemplo, a legenda diz que Fernando Collor, ex-presidente da República, pediu que as pessoas utilizassem o azul para defenderem no seu mandato, quando as manifestações pediam o impeachment.
Na época, Collor pediu que as pessoas usassem as cores da bandeira –entre elas o azul.
À página 102, um disco do então Jorge Ben, de 84, é classificado como sendo uma "recente criação", de "Jorge Benjor".

Livro: "Hebe - A Trajetória de uma Estrela" (132 páginas)
Fotos: Arquivo Pessoal e Petrônio Cinque
Textos: Mário Tadeu Soares da Silva
Preço: R$ 40
Lançamento: amanhã, às 19h, no MIS (av. Europa, 158, 1º andar)

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