São Paulo, sexta-feira, 16 de dezembro de 1994 |
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Justiça e Transportes ficam com o PMDB
EUMANO SILVA; GABRIELA WOLTHERS
O presidente eleito Fernando Henrique Cardoso definiu ontem que o comando do Emfa (Estado-Maior das Forças Armadas) ficará a cargo do general Benedito Onofre Leonel, atual chefe do Estado-Maior do Exército. O escolhido para Ministério da Aeronáutica é o brigadeiro Mauro Gandra, que hoje é chefe do Estado-Maior da Aeronáutica. O atual ministro do Exército, Zenildo de Lucena, permanecerá no cargo no futuro governo FHC. Lucena é o primeiro nome do ministério de Itamar Franco a continuar no posto. O economista Pedro Parente ocupará o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Ele foi secretário de Planejamento do governo Collor e hoje é consultor do Fundo Monetário Nacional. Parente substituirá Clóvis Carvalho, que está praticamente confirmado como ministro-chefe da Casa Civil. Ontem FHC teve um dia de intensas negociações para fechar seu ministério. Na parcela do PMDB, o nome mais forte para ocupar a Secretaria de Integração Regional é o do atual governador da Paraíba, Cícero Lucena (PMDB). Esta secretaria substituirá o Ministério da Integração Regional e será subordinada diretamente à Presidência. Os nomes de Klein, Jobim e Lucena foram acertados ontem durante reunião de FHC com o presidente do PMDB, deputado Luiz Henrique (SC). O anúncio oficial dos três está previsto para hoje, mas depende das últimas negociações do presidente eleito com os demais partidos que o apóiam –PTB e PFL. A intenção de FHC é entregar a Agricultura para o PTB. O senador José Eduardo Andrade Vieira (PTB-PR) gostaria de ocupar o cargo, mas FHC já decidiu que não indicará nenhum presidente de partido para o ministério. No quebra-cabeça da montagem do governo, o PTB pode acabar ficando com o Ministério da Indústria e Comércio. O nome mais cotado é o de Roberto Brant, ex-secretário de Indústria e Comércio do governador Hélio Garcia. Com isso, o tucano agradaria tanto o PTB quanto o Estado de Minas Gerais –cujos políticos estão insatisfeitos pelo fato de não ter ainda nenhum ministério. A tucana Dorothéa Werneck, ex-ministra de Sarney, também está cotada para preencher a cota de Minas Gerais. Pode ocupar novamente o Ministério do Trabalho. O coordenador do governo de transição de FHC, economista Paulo Renato Souza deve comandar o Ministério da Educação. O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, confirmou ontem o nome de Gustavo Krause para o Ministério do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, conforme a Folha antecipou ontem. Reinhold Stephanes vai ocupar o Ministério da Previdência Social. Bornhausen disse que deverá haver uma terceira vaga para o partido. (Eumano Silva e Gabriela Wolthers) Texto Anterior: CNBB condena anistia a Lucena Próximo Texto: Publicidade fica com Muylaert Índice |
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