São Paulo, sexta-feira, 16 de dezembro de 1994
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Fiesp pede a FHC 'projeto transformador'

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) tem uma mensagem clara para FHC: quebre o corporativismo, a burocracia e o fisiologismo ou o Plano Real acaba.
Foi o que disse ontem Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da entidade, no seu discurso de final de ano.
Ele acha que o momento é "propício" para o governo pôr em prática um projeto "verdadeiramente transformador".
"Mas não daremos um passo nessa direção se não enfrentarmos as pressões corporativistas, a força da burocracia e o fisiologismo político", disse. "Precisamos insistir na urgência das reformas estruturais", afirmou.
Entre elas destacou o ajuste do setor público, a reforma tributária, a eliminação de anomalias (como os desvios da Previdência Social) e a desregulamentação do mercado de trabalho.
O empresariado não teme também que a presença do senador eleito José Serra (PSBD-SP) como titular da Seplan (Secretaria de Planejamento) provoque uma crise na equipe econômica do governo.
Moreira Ferreira descarta um "choque de poder" entre Serra e o futuro ministro da Fazenda, Pedro Malan, pois "ambos são inteligentes e competentes", disse.

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