São Paulo, sexta-feira, 16 de dezembro de 1994 |
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140 empresas disputam transmissão por MMDS Ministério dá mais canais para redes já em operação DA REPORTAGEM LOCAL O ministro das Comunicações, Djalma Morais, concedeu novos canais de televisão às operadoras de TVs por assinatura pelo sistema de microondas (MMDS) já instaladas no país.O principal beneficiário da medida (oficializada por portarias do Ministério) é o grupo Abril, que explora o serviço em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Goiânia e Belém e tem sete das 11 concessões para este tipo de serviço existentes em todo o país. Por determinação do ministro, o número de canais da TVA em São Paulo e no Rio passou de oito para 15 e, em Brasília, foi para 16. O principal concorrente do grupo Abril, Net Brasil, com duas concessões em MMDS (Recife e Porto Alegre) foi igualmente favorecida. A Net é uma associação da Globo, RBS e Multicanal, que já domina o segmento de TV a Cabo. As outras duas operadoras de MMDS favorecidas pela decisão do Ministro são independentes e atuam em Curitiba e Fortaleza. O ministro disse à Folha que tomou a decisão amparado na portaria 43, de fevereiro deste ano. Ele disse que aumentou o número de canais destas das operadoras de MMDS para que elas possam competir com as TVs a cabo, que têm, em média, 40 canais. Os editais de concorrência publicados no Diário Oficial para TVs por microondas em 15 capitais também se baseiam na portaria 43. O número de empresas (140) que já registraram pedidos de concessão no Ministério, mostra que a disputa será grande. Entre os interessados estão o grupo Abril (com cerca de 190 pedidos), RBS, Multicanal, a Globo e várias emissoras a ela filiadas; Rede Bandeirantes, "Jornal do Brasil" e grupo financeiro Icatu. As concessões de TV por assinatura pelo sistema MMDS existentes no Brasil foram feitas no final do governo Sarney (1985/90) e início do governo Collor. As concessões foram interrompidas em 91, a pedido do Congresso Nacional, até que fosse uma lei específica para o setor. TV a cabo O projeto de lei aprovado ontem pelo Senado é resultado de uma longa negociação entre as empresas privadas que já atuam no setor e o sistema Telebrás. As telefônicas estatais queriam ser proprietárias exclusivas das redes de cabos para transmissão dos sinais de TV. Neste ponto, chegou a um consenso: as operadoras privadas poderão ter redes locais de cabos, mas os sistemas de interligação serão os da telefônicas. A existência de redes privadas eram o ponto mais polêmico para a aprovação da lei da TV a Cabo. Como ele foi negociado previamente, o projeto passou sem cortes pela Câmara e o Senado. Texto Anterior: Conta não-recadastrada será fechada Próximo Texto: Dallari prevê queda dos preços em janeiro com o fim do IPMF Índice |
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